Hortaliças registram queda de preços nos principais mercados, aponta Conab
Hortaliças como o tomate, a alface e a cenoura, também tiveram redução nos preços
Economia|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
Os preços das hortaliças tiveram nova redução, segundo o mais recente Boletim da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta terça-feira (24). O relatório apontou uma queda generalizada nos preços das principais hortaliças em agosto. A análise, baseada em dados das Centrais de Abastecimento (Ceasas) em todo o Brasil, revelou reduções significativas em produtos como cebola, batata, alface, cenoura e tomate, proporcionando alívio financeiro aos consumidores.
A cebola destacou-se com uma queda média de 31,64% nas Ceasas, impulsionada pelo aumento da oferta proveniente de diversas regiões produtoras, como Bahia e Goiás. A batata também apresentou uma diminuição significativa, com a média ponderada caindo 23,67%, reflexo do aumento contínuo da oferta desde julho.
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Outras hortaliças, como tomate, alface e cenoura, tiveram reduções menores, mas ainda relevantes. O tomate registrou uma queda de 19,25%, enquanto a alface e a cenoura apresentaram diminuições de 16,94% e 15,50%, respectivamente.
Frutas em alta
Em contraste com a queda nos preços das hortaliças, as frutas tiveram alta em agosto nas Ceasas analisadas, com destaque para mamão, banana, laranja e maçã. A melancia foi a única fruta que apresentou queda de preços, devido a oscilações nas cotações e ao aumento da oferta em várias centrais, especialmente no Sudeste, que recebe muitas frutas de Goiás e Tocantins. Com o aumento da demanda por conta do calor, os preços da melancia, que começaram baixos, subiram ao longo do mês. As exportações de frutas para a temporada 2024/25 começaram de forma positiva, impulsionadas pela boa demanda externa.
O mamão teve o maior aumento, com uma elevação de 48,90% na média dos preços. O preço da banana subiu devido à estiagem no norte de Minas e na Bahia, além do estresse térmico na Região Sul, que afetaram a produção da banana nanica. A expectativa é de que a oferta melhore até o final do ano.
A laranja também viu um aumento nos preços, causado pela alta demanda para moagem e pela oferta restrita, resultando em elevações nos preços tanto no atacado quanto no varejo, impulsionadas pelo calor. A colheita das variedades tardias começará em setembro, mas algumas já estão comprometidas por contratos com a indústria. As exportações de suco de laranja caíram devido à diminuição da oferta da fruta.
Por fim, a maçã enfrentou uma redução nas vendas e um aumento nos preços, devido à quebra de safra no Sul. O controle das câmaras frias e o aumento da demanda no início do mês, especialmente com o retorno às aulas, elevaram os preços. Enquanto as exportações continuam baixas pela baixa oferta, as importações estão aquecidas, gerando preocupação entre os produtores.