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Ibovespa flerta com 120 mil pontos com disparada da Vale

Movimento positivo do principal índice de ações do mercado acionário do Brasil ocorre com expectativas de potencial alívio nas restrições à Covid-19 na China

Economia|Do R7

Ibovespa avança 1,5%, perto dos 119 mil pontos
Ibovespa avança 1,5%, perto dos 119 mil pontos

O Ibovespa avançava nesta sexta-feira (4), encostando nos 120 mil pontos no melhor momento do dia, embalado por expectativas de potencial alívio nas restrições à Covid-19 na China e dados de emprego nos Estados Unidos, enquanto agentes financeiros analisam uma bateria de resultados corporativos, entre eles os da Petrobras.

Às 11h04, o principal índice da Bolsa brasileira subia 1,51%, aos 118.666,61 pontos, acumulando até o momento uma alta de 3,6% na semana. Na máxima do dia, até o momento, alcançou 119.821,35 pontos. O volume financeiro somava R$ 8,5 bilhões.

Rumores da saída da China da estratégia Covid-zero a partir de 2023 têm ganhando força, apesar de o governo os refutar. Nesta sexta-feira, a Bloomberg News publicou que Pequim prepara um plano para encerrar um sistema que proíbe a entrada de voos com passageiros infectados com o vírus.

No mercado, um dos entendimentos é de que uma suavização nessas medidas poderia representar uma mudança substancial de dinâmica para algumas classes de ativos, uma vez que eliminaria um dos fatores negativos para o cenário da atividade global.


Nos EUA, dados mostraram uma criação de vagas em outubro acima do esperado, mas a taxa de desemprego aumentou, sugerindo algum abrandamento nas condições do mercado de trabalho, o que permitiria ao Federal Reserve reduzir a intensidade dos aumentos na taxa de juros a partir de dezembro.

Investidores da Bolsa paulista também continuam monitorando as movimentações relacionadas à transição de governo no Brasil, com a perspectiva de que a mesma não terá sobressaltos endossando o viés comprador no pregão. A principal questão no mercado, contudo, permanece sobre quem será o ministro da Fazenda.


"As negociações pelo aumento dos gastos 'extra-teto' no orçamento do ano que vem preocupam, mesmo que contrabalançados pelo fluxo estrangeiro, e o investidor segue ansioso sobre qual será composição da Esplanada a partir do ano que vem", afirmou a Guide Investimentos em nota a clientes.

Nos dois primeiros pregões da semana, as compras de estrangeiros no mercado secundário de ações brasileiro superaram as vendas em R$ 2,4 bilhões.


Destaques

- VALE ON disparava 6,92%, a R$ 71,8, com nova alta dos contratos futuros de minério de ferro nesta sexta-feira, solidificando seus ganhos semanais. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON saltava 6,34%, a R$ 13,59.

- PETROBRAS PN caía 0,8%, a R$ 29,71, revertendo a alta da abertura, mesmo com o avanço do petróleo no exterior e após reportar alta de 48% no lucro líquido ante o mesmo período do ano passado. Investidores seguem no aguardo dos potenciais reflexos na companhia em razão da troca de governo em 2023. O Goldman Sachs cortou sua recomendação das ações para "neutra", enxergando aumento da incerteza em torno das políticas a serem adotadas nos próximos anos.

- BRASKEM PNA tinha elevação de 2,36%, a R$ 33. Na véspera, a companhia disse que seu controlador Novonor comunicou a empresa sobre o início dos atos preparatórios para a alienação de até a totalidade da participação acionária do conglomerado na petroquímica. Mas afirmou que não há, no momento, nenhuma concessão de exclusividade a qualquer interessado ou decisão sobre a estrutura a ser adotada no processo de alienação.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,36%, a R$ 30,35, e BRADESCO PN avançava 0,46%, a R$ 19,7 reais, reforçando o desempenho do Ibovespa.

- ALPARGATAS PN desabava 14,7%, a R$ 19,04, após a dona da marca Havaianas reportar queda no lucro do terceiro trimestre, mais uma vez afetado pela aquisição de participação na norte-americana Rothy's. O resultado ainda mostrou recuo na margem bruta e declínio no volume de vendas no Brasil e a empresa afirmou estar mais cautelosa com o último trimestre do ano em razão do cenário macro no país.

- GPA ON perdia 7,77%, a R$ 20,77, na esteira do balanço do terceiro trimestre, quando o dono da rede Pão de Açúcar mais do que triplicou o prejuízo líquido enquanto executa a reestruturação de seus negócios.

- LOJAS RENNER ON cedia 4,86%, a R$ 28,99, mesmo após alta de 50% no lucro líquido do terceiro trimestre, uma vez que o crescimento de vendas em mesmas lojas desacelerou para 7,9%, contra 39,5% no ano anterior, afetadas pelo clima mais frio.

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