Inflação

Economia Inflação de julho reflete repasse de custos dos empresários, indica IBGE

Inflação de julho reflete repasse de custos dos empresários, indica IBGE

Alta dos preços teve influência, principalmente, da alta da energia elétrica, gás, combustíveis e passagens aéreas

Agência Estado
Inflação de julho foi a maior para o mês desde 2002

Inflação de julho foi a maior para o mês desde 2002

Tânia Rêgo /Agência Brasil

Diversos fatores explicam os recentes aumentos de preços na economia, como o reajuste de itens monitorados e o repasse por empresários da alta de custos para o consumidor final, afirmou André Almeida analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo Almeida, ainda não é possível mensurar se há pressão de demanda sobre a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

"São diversos os fatores que influenciam no movimento de preços. Existe a questão de repasse de custos, altas de energia elétrica combustíveis, gás. Isso tudo pode influenciar lojista e empresário a repassar esse aumento de custos para o consumidor final", disse Almeida. "O mês de julho teve influência, principalmente, da alta da energia elétrica, gás, combustíveis e passagens aéreas", completou.

O IPCA acelerou de 0,53% em junho para 0,96% em julho. Dentro do índice, a inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre a inflação - passou de uma alta de 0 23% em junho para 0,67% em julho. Já a inflação de itens monitorados pelo governo acelerou de 0,81% em junho para 1,68% em julho.

A inflação de serviços acumulada em 12 meses saiu de 2,24% em junho para 3,03% em julho. A inflação de monitorados em 12 meses passou de 12,99% em junho para 13,49% em julho. A taxa do IPCA como um todo acumulada em 12 meses acelerou de 8,35% para 8,99% no período.

O analista do IBGE lembra que os aumentos sucessivos em itens monitorados como a energia elétrica e os combustíveis vêm contribuindo para a aceleração do IPCA em 12 meses, junto com o encarecimento das carnes. "Todos esses fatores contribuíram para aceleração no acumulado em 12 meses", afirmou Almeida.

As carnes ficaram 34,28% mais caras nos últimos 12 meses. A energia elétrica acumula um aumento de 20,09%. A gasolina subiu 39,65% nos 12 meses encerrados em julho, enquanto o etanol aumentou 57,27%.

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