Inflação do aluguel cai 0,36%, mas contratos que vencem em novembro terão alta, indica FGV
Indicador utilizado na correção da maioria das locações no Brasil variou -0,36% em outubro e acumulou queda de 1,3% no ano
Economia|Thays Martins, do R7, em Brasília
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O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste da maior parte dos contratos de aluguel no Brasil, caiu 0,36% em outubro, após a alta de 0,42% no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com esse resultado, o índice acumula queda de 1,30% no ano e alta de 0,92% nos últimos 12 meses.
Dessa forma, os contratos de aluguel que são reajustados com base no índice e vencem em novembro serão reajustados. Na prática, uma pessoa que paga R$ 1.500 de aluguel vai passar a desembolsar R$ 1.513,80.
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O recuo do índice em outubro, segundo a FGV, foi influenciado pelos preços agropecuários no índice ao produtor e da energia elétrica no índice ao consumidor.
O índice é calculado com base na média ponderada de três índices:
- IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado): Variações nos preços dos produtos na etapa de produção.
- IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado): Variações nos preços para o consumidor final.
- INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado): Variações no custo da construção civil.
Em outubro, o IPA-M caiu 0,59%, invertendo o movimento quando comparada à taxa de setembro, de 0,49%. A queda foi influenciada, principalmente, pela taxa do grupo Bens Intermediários que caiu 0,35% em outubro, após registrar queda de 0,42% no mês anterior.
O IPC-M registrou taxa de 0,16% menos do que em setembro, quando o índice subiu 0,25%. Das oito classes analisadas, apenas Habitação (1,14% para 0,04%) teve recuo na taxa de variação.
Já o INCC-M subiu 0,21% em outubro, mesma variação do mês anterior. Todos os grupos analisados tiveram mudanças nas taxas: Materiais e Equipamentos inverteu a taxa de -0,05% para 0,29%; a variação do grupo Serviços recuou de 0,18% para 0,08%; e o grupo Mão de Obra desacelerou de 0,54% para 0,13%.
Índice de reajuste do aluguel
O inquilino deve estar atento ao indicador de reajuste que está no contrato de locação, porque, depois da pandemia da Covid-19, muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil.
Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
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