Inflação do aluguel tem nova alta na 1ª prévia de março, mostra FGV
Com avanço de 1,95% nos primeiros dias de março, IGP-M se aproxima dos 30% no acumulado dos últimos 12 meses
Economia|Do R7
O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de aluguel no Brasil, subiu 1,95% na primeira prévia de março. Com o resultado, divulgado nesta quarta-feira (10), pela FGV (Fundação Getulio Vargas), é maior do que os 1,92% registrado nos primeiros dias de fevereiro.
A taxa em 12 meses passou de 28,17% para 29,83%. Ao final do mês, o acumulado do índice entre abril de 2020 e março de 2021 será aplicado para os reajustes de aluguel com vencimento no mês de abril.
A nova alta do índice foi guiada pelos acréscimos registrados nas taxas dos grupos bens finais (0,21% para 1,62%) e bens intermediários (2,34% para 5,32%). Para o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, os números revelam o espalhamento das pressões inflacionárias, antes concentradas no grupo matérias-primas brutas (4,45% para 0,46%).
"Os aumentos nos preços do diesel (3,32% para 18,90%) e da gasolina (11,18% para 15,48%) também contribuíram para o avanço das taxas de bens finais e intermediários”, afirma Braz.
O cálculo do IGP-M considera a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pelo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Diante da diferença entre os indicadores, algumas imobiliárias já começaram a utilizar a inflação oficial para calcular os novos contratos de aluguel. Para quem deseja fugir do reajuste considerável, a dica é negociar a melhor forma para evitar que os pagamentos pesem no bolso de inquilinos e proprietários.