Inflação e pouco consumo ainda são principais medos do varejo mundial, mostra pesquisa
Ásia foi o único continente listado como ponto positivo
Economia|Do R7, com Reuters
O varejo em todo o mundo está preocupado com a redução dos gastos do consumidor por conta da inflação. Isso, apesar dos sinais iniciais de que os aumentos de preços estão desacelerando.
A conclusão é de uma pesquisa com 561 executivos, diretores e gerentes do setor realizada pelo BCG (Boston Consulting Group).
Na Europa, os varejistas estão lutando contra a desaceleração das vendas, já que os consumidores gastam menos com roupas e compram alimentos mais baratos por causa das altas contas de luz.
No geral, o aumento do custo dos produtos, a queda nos gastos do consumidor e as cadeias de suprimentos imprevisíveis foram as principais preocupações dos entrevistados.
72% dos entrevistados disseram esperar que os consumidores sejam mais sensíveis ao preço neste ano. Assim, é possível que a transferência de custos mais altos para os compradores se torne mais difícil.
“Isso limita as opções que os varejistas têm para recuperar e combater os altos custos de insumos e cria novas dificuldades que os varejistas devem combater, como mudar o comportamento do consumidor para produtos e segmentos de clientes específicos”, disse o BCG no relatório.
Além de aumentar os preços e renegociar com os fornecedores, os varejistas precisam ser criativos para os compradores retornarem. Dessa forma, muitos estão investindo em programas de fidelidade, promoções de preços e melhorias na experiência do cliente online.
Os autores do levantamento disseram que os varejistas devem investir em inteligência artificial para aprimorar suas estratégias de preços e marketing, através de algoritmos e aprendizado de máquina.
A Ásia foi um ponto positivo em termos de expectativas dos varejistas, com 76% dos entrevistados esperando que a economia da região cresça este ano após a reabertura da China após os longos bloqueios pela Covid-19.
Os varejistas estavam mais otimistas em relação à América do Norte do que à Europa, com 68% prevendo crescimento na primeira e 54% na segunda.