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Inflação perde força e mercado vê 2025 fechar com sinal de estabilidade, dizem especialistas

Analistas acreditam que última edição do Boletim Focus mostra recuo nas expectativas de preços e reforça leitura de previsibilidade

Economia|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A inflação esperada para os próximos anos está em trajetória de queda, segundo especialistas.
  • A estimativa do IPCA para 2025 é de 4,33%, aproximando-se da meta de 3% com margem de 4,5%.
  • O Boletim Focus reforça a credibilidade do Banco Central e influencia decisões de investimento e crédito.
  • A estabilidade das previsões promove disciplina financeira e orienta estratégias de empresas e investidores.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Inflação da comida em casa cai 0,2% em novembro, sexto recuo seguido Geirlys Silva/Secretaria de Agricultura da Família do Piauí - Arquivo

A inflação esperada para os próximos anos segue em trajetória de queda, segundo avaliação de economistas e gestores de mercado. O movimento aparece no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, e indica um cenário considerado mais previsível para decisões econômicas no país.

O Focus reúne projeções de bancos, corretoras, gestoras e consultorias sobre indicadores como inflação, juros, câmbio e crescimento. O relatório funciona como um termômetro das expectativas do mercado financeiro e orienta decisões de investimento, crédito e planejamento empresarial.


Na edição mais recente, a estimativa para o IPCA de 2025 recuou para 4,33%. Para 2026, a previsão passou a 4,06%. Os números aproximam a inflação do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, fixada em 3%, com margem de tolerância até 4,5%.

Para especialistas, o ajuste gradual das expectativas reforça a credibilidade do Banco Central e fortalece a confiança no controle dos preços. Segundo Leandro Turaça, sócio-gestor da Ouro Preto Investimentos, o Focus influencia diretamente o mercado ao servir como base para projeções de juros, inflação e crescimento.


“Esse conjunto de dados orienta decisões de crédito, renda fixa e renda variável. No fim do ano, o peso aumenta, pois investidores revisam estratégias e ajustam carteiras com foco no próximo ciclo”, afirma.

Pedro Ros, CEO da Referência Capital, avalia que a estabilidade das projeções traz um ganho institucional relevante. Para ele, o boletim atua como referência prática para formação de preços e avaliação de risco.


“Esse ambiente mais previsível reduz decisões impulsivas e aumenta a disciplina financeira, tanto para empresas quanto para investidores”, destaca.

Diálogo com política monetária

O recuo das expectativas também dialoga com a política monetária. A taxa Selic permanece em 15% ao ano, maior patamar desde 2006. O Banco Central optou pela manutenção diante de um cenário ainda marcado por incertezas, embora o mercado projete queda gradual dos juros a partir de 2026.


Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, aponta impacto direto sobre o crédito corporativo.

“As projeções do Focus orientam desde a definição de taxas até a estruturação de operações. No fechamento do ano, empresas revisam estratégias e ajustam exposição a risco com base nessas sinalizações”, explica.

No setor de inovação, a previsibilidade macroeconômica ganhou status estratégico. Antonio Patrus, diretor da Bossa Invest, afirma que o boletim influencia valuation, custo de capital e apetite ao risco.

“Essas projeções ajudam fundos e empreendedores a planejar crescimento em um ambiente mais seletivo, com foco em eficiência, governança e execução”, observa.

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