Inflação perde força e mercado vê 2025 fechar com sinal de estabilidade, dizem especialistas
Analistas acreditam que última edição do Boletim Focus mostra recuo nas expectativas de preços e reforça leitura de previsibilidade
Economia|Do R7, em Brasília
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A inflação esperada para os próximos anos segue em trajetória de queda, segundo avaliação de economistas e gestores de mercado. O movimento aparece no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, e indica um cenário considerado mais previsível para decisões econômicas no país.
O Focus reúne projeções de bancos, corretoras, gestoras e consultorias sobre indicadores como inflação, juros, câmbio e crescimento. O relatório funciona como um termômetro das expectativas do mercado financeiro e orienta decisões de investimento, crédito e planejamento empresarial.
Na edição mais recente, a estimativa para o IPCA de 2025 recuou para 4,33%. Para 2026, a previsão passou a 4,06%. Os números aproximam a inflação do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, fixada em 3%, com margem de tolerância até 4,5%.
Para especialistas, o ajuste gradual das expectativas reforça a credibilidade do Banco Central e fortalece a confiança no controle dos preços. Segundo Leandro Turaça, sócio-gestor da Ouro Preto Investimentos, o Focus influencia diretamente o mercado ao servir como base para projeções de juros, inflação e crescimento.
“Esse conjunto de dados orienta decisões de crédito, renda fixa e renda variável. No fim do ano, o peso aumenta, pois investidores revisam estratégias e ajustam carteiras com foco no próximo ciclo”, afirma.
Pedro Ros, CEO da Referência Capital, avalia que a estabilidade das projeções traz um ganho institucional relevante. Para ele, o boletim atua como referência prática para formação de preços e avaliação de risco.
“Esse ambiente mais previsível reduz decisões impulsivas e aumenta a disciplina financeira, tanto para empresas quanto para investidores”, destaca.
Diálogo com política monetária
O recuo das expectativas também dialoga com a política monetária. A taxa Selic permanece em 15% ao ano, maior patamar desde 2006. O Banco Central optou pela manutenção diante de um cenário ainda marcado por incertezas, embora o mercado projete queda gradual dos juros a partir de 2026.
Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, aponta impacto direto sobre o crédito corporativo.
“As projeções do Focus orientam desde a definição de taxas até a estruturação de operações. No fechamento do ano, empresas revisam estratégias e ajustam exposição a risco com base nessas sinalizações”, explica.
No setor de inovação, a previsibilidade macroeconômica ganhou status estratégico. Antonio Patrus, diretor da Bossa Invest, afirma que o boletim influencia valuation, custo de capital e apetite ao risco.
“Essas projeções ajudam fundos e empreendedores a planejar crescimento em um ambiente mais seletivo, com foco em eficiência, governança e execução”, observa.
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