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Inflação tem leve recuo no acumulado em 12 meses e fica em 9,53%

Em julho, a taxa dos últimos 12 meses estava em 9,56%, de acordo com o IBGE

Economia|Do R7

No grupo alimentação e bebidas, parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos de julho para agosto
No grupo alimentação e bebidas, parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos de julho para agosto

A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), teve um leve recuo em agosto no acumulado dos últimos 12 meses e ficou em 9,53%.Na apuração anterior, referente a julho, a alta acumulada estava em 9,56%.

Em relação ao acumulado de janeiro a agosto, foi a taxa mais elevada desde 2003 (7,22%). Na variação apenas do mês de agosto, a inflação subiu 0,22% e ficou 0,40 ponto percentual (p.p.) abaixo do 0,62% registrado em julho e 0,03 p.p., aquém do 0,25% de agosto de 2014. É o menor IPCA para os meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,04%.

De julho para agosto, vários itens ficaram mais baratos, com destaque para as passagens aéreas, cuja queda de 24,9% gerou contribuição de - 0,11 p.p. no resultado do mês. Na região metropolitana de Belém a queda chegou a 40,2%, ficando com Goiânia (- 15,12%) e Vitória (- 15,79%) os resultados mais moderados.

Observando os últimos 12 meses, o item acumula queda de 14,64%. Puxado pelas passagens aéreas, o grupo transportes ficou em -0,27%, o mais baixo resultado de grupo.


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No acumulado em 12 meses, inflação recuou de 9,56% em julho para 9,53% em agosto, de acordo com o IBGE
No acumulado em 12 meses, inflação recuou de 9,56% em julho para 9,53% em agosto, de acordo com o IBGE

Alívio

Em queda no grupo transportes, destacaram-se, ainda, automóveis usados (- 1,03%), pneus (- 1%), acessórios e peças (- 0,96%). Em contraposição, subiram os preços da gasolina (0,67), do etanol (0,6%), do ônibus urbano (0,6%) e do automóvel novo (0,3%).


No caso da gasolina (0,67%), a pressão foi exercida, principalmente, por aumentos ocorridos nas regiões de Campo Grande (6,44%), Goiânia (3,59%), Curitiba (2,98%), Salvador (1,99%) e Vitória (1,00%).

À exceção de Vitória, que apresentou queda de 1,71%, o etanol (0,6%) foi influenciado pelas mesmas regiões: Goiânia (9,47%), Campo Grande (9,12%), Curitiba (3,67%) e Salvador (2,67%).

Já o item ônibus urbano (0,6%) foi influenciado somente pelas tarifas da região metropolitana de Belo Horizonte, cuja alta de 7,1% se deu em consequência do reajuste de 9,68% que entrou em vigor a partir do dia 08 de agosto.

No grupo alimentação e bebidas (-0,01%), parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos de julho para agosto, destacando-se a batata-inglesa (- 14,75%), o tomate (- 12,88%) e a cebola (- 8,28%), que, juntos, tiveram contribuição de -0,1 p.p. no índice do mês.

No grupo dos alimentos, considerando aqueles que subiram em agosto, os destaques foram a farinha de mandioca (4,40%) e o alho (2,74%).

Habitação

No grupo habitação (0,29%), a energia elétrica (- 0,42%) se mostrou em queda, o que não ocorria desde março de 2014, quando ficou em - 0,87%. O item refletiu a redução no PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas, apesar do aumento nas contas de Belém, cuja variação de 3,69% decorreu do reajuste de 7,47% em 07 de agosto, e de Vitória, onde a variação de 1,62% se deu em consequência do reajuste de 2,52%, também em 07 de agosto.

Além da energia elétrica, o botijão de gás ficou mais barato em agosto (- 0,44%) em função de quedas expressivas verificadas nas regiões de Recife (- 4,27%), Campo Grande (- 2,69%), Rio de Janeiro (- 1,12%) e Fortaleza (- 0,99%).

Por outro lado, outros itens do grupo habitação se apresentaram em alta, com destaque para a taxa de água e esgoto (1,07%), mão de obra para pequenos reparos (0,84%), condomínio (0,71%), artigos de limpeza (0,49%) e aluguel residencial (0,4%).

A respeito da taxa de água e esgoto, a alta de 1,07% foi influenciada pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, cujas contas aumentaram 9,29% em função do reajuste de 9,98% ocorrido em primeiro de agosto, e de Vitória, onde as contas aumentaram 7,37%, refletindo parte do reajuste de 10,69% em vigor a partir do dia 08 de agosto.

Produtos e serviços

Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, foi educação, com 0,82%, que registrou a mais elevada taxa no índice do mês, reflexo do resultado apurado na coleta realizada em agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,78%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,62%.

O grupo despesas pessoais, cuja alta de 0,75% é explicada, principalmente, pelos itens serviço bancário (2,65%), cabeleireiro (0,86%) e empregado doméstico (0,53%). Quanto aos demais grupos, os resultados foram: artigos de residência, com 0,37%, vestuário, com 0,2%, e comunicação, com 0,14%.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,47%) em virtude da alta de 3,02% nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 2,98% mais caro e o do etanol, 3,67%. O menor índice foi registrado em Brasília (- 0,16%), onde os as passagens aéreas, com queda de 23,4% e peso de 1,94%, geraram impacto de - 0,45 p.p. no resultado do mês.

O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de junho a 29 de julho de 2015 (base).

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