Combustíveis ficam mais baratos, e prévia da inflação perde força em outubro
Alta de 0,21% do IPCA-15 foi influenciada pela variação de 23,75% das passagens aéreas no mês, mostra IBGE
Economia|Do R7
A prévia da inflação oficial do Brasil desacelerou e avançou 0,21% em outubro, ante alta de 0,35% apurada no mês passado, mostram dados revelados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a variação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) agora acumula alta de 5,05% nos últimos 12 meses e continua acima do teto da meta perseguida pelo governo, de 4,75%. No ano, a variação da inflação é de 3,96%.
No mês, o resultado do índice foi bastante influenciado pela alta no preço das passagens aéreas, que subiu 23,75%. Já os combustíveis aparecem 0,44% mais baratos, com recuo no preço da gasolina (-0,56%), do etanol (-0,27%) e do gás veicular (-0,27%). Dentro do grupo, apenas o óleo diesel (1,55%) registrou alta.
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As variações fazem do segmento de transportes aquele com a maior alteração (+0,78%) em outubro. Além da passagem aérea, somente transporte por aplicativo (+5,64%) e emplacamento e licença (+1,64%) registraram altas. A inflação do táxi (+0,31%) foi motivada por reajuste de 200% em Porto Alegre (3,59%).
Os itens do grupo de habitação registraram aumento de 0,26% nos preços. Entre as variações, destacam-se as altas do gás de botijão (+1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). Por outro lado, a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07%.
Já em saúde e cuidados pessoais (+0,28%), o subitem plano de saúde registrou alta de 0,77%, enquanto os artigos de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (+1,24%) e dos produtos para cabelo (+0,45%).
Alimentos em queda
Entre os dois grupos que apresentaram queda, a influência mais relevante foi de alimentação e bebidas (-0,31%), que recuaram pelo quinto mês consecutivo. O subgrupo alimentação no domicílio, com recuo de 0,52%, mostrou desaceleração ante o mês anterior (-1,25%) e exerceu importante impacto no resultado do grupo.
Entre os subitens, destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), além do recuo nos preços do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço no mês.
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No campo da alimentação fora de casa, os preços subiram 0,21%, alta que corresponde a uma desaceleração em relação a setembro (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%). Já o preço do lanche, que recuou 0,11%, registra queda de preços após alta em setembro (0,74%).