Isenção do IR vai ‘corrigir uma injustiça social de décadas’, afirma economista
Medida sancionada pelo presidente Lula nesta quarta (26) estabelece a isenção do imposto para quem recebe até R$ 5.000
Economia|Do R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (26), a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês e também prevê um desconto progressivo para quem recebe até R$ 7.350 mensais. As novas regras da medida entram em vigor em janeiro e, além da isenção, estabelecem uma cobrança mínima para os contribuintes de alta renda, com uma alíquota progressiva de até 10% para quem recebe acima de R$ 600 mil por ano.
O economista Ricardo Buso avalia a medida como justa e explica que a faixa estipulada é próxima aos R$ 4.827 equivalentes à correção monetária do valor R$ 561,80 estabelecido após a implementação do Plano Real em julho de 1994. Buso aponta que, devido às justificativas de compensar as contas públicas, diversos governos foram congelando o ajuste da porção da população isenta, o que pesou para as camadas com menos renda na sociedade.

O economista ainda aponta que a medida proporcionará uma economia média de 6,26% ao trabalhador, o equivalente a cerca de R$ 313 mensais, corrigindo as distorções causadas pelos anos sem correção.
“A faixa que mais precisa, a camada social que mais precisa de ajuda era quem pagava essa conta. Então a medida vem corrigir uma injustiça social de décadas e é muito importante”, comenta Buso em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (27).
Apesar de o país não se encontrar no momento econômico mais favorável, o economista aponta que a medida de cobrança gradual de quem recebe mais de R$ 600 mil anualmente ajudará a compensar os R$ 26 milhões não cobrados com a nova lei. Porém, ele lembra que a cobrança da alíquota de até 10% somente será aplicada em ganhos não declarados, como dividendos de investimentos, sem nenhuma mudança em quem já possui dedução em folha de pagamento.
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