Juros do cartão de crédito e do cheque especial caem em maio
Em média, bancos cobraram 329,6% ao ano no mês passado no rotativo, fazendo com que dívida quadruplique em 12 meses
Economia|Do R7
Os juros do cartão de crédito e do cheque especial caíram em maio, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central. A taxa para o cartão ficou em 329,6% ao ano no mês, 6,5 pontos percentuais abaixo do registrado em abril. Já o índice para o cheque especial ficou em 122,1%, portanto, diminuição de 2,2 pontos em relação ao mês anterior.
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Esses percentuais são as médias cobradas pelos bancos dos clientes que tomam dinheiro emprestado nas duas modalidades. Mesmo com a queda, as duas opções continuam sendo, de longe, as mais caras do mercado.
No caso do cartão de crédito, uma dívida de R$ 1.000 tomada em maio deste ano vai se tornar, de forma hipotética, em um saldo devedor de R$ 4.296 com a taxa média praticada pelos bancos brasileiros. Portanto, a dívida vai mais do que quadruplicar em 12 meses.
Já no caso do cheque especial, a mesma dívida de R$ 1.000 vai saltar para R$ 2.221 dentro de um ano. Ou seja, o débito vai mais do que dobrar.
Escolha opção mais em conta e em queda
O crédito consignado, aquele que tem desconto na folha de pagamento do funcionário, é uma das linhas de empréstimo mais baratas do mercado e se apresenta como alternativa para o cheque especial e o cartão de crédito.
A taxa de juros nessa linha de crédito teve queda de 0,5 ponto percentual na passagem de abril para maio, consolidando-se como a melhor opção para quem precisa de dinheiro emprestado. No mês passado, o índice médio registrado foi de 18,9% ao ano.
No mesmo exemplo da dívida hipotética de R$ 1.000, se feita no crédito consignado, passaria a custar R$ 1.189 depois de um ano.
Para servidores públicos, a taxa é ainda menor e atinge 16,5% no crédito consignado. Para os beneficiários do INSS, (aposentados e pensionistas) o índice em maio desacelerou 0,8 ponto percentual no mês, chegando a 21,1%. E aos trabalhadores da iniciativa privada, a taxa média ganhou ritmo de 0,6 p.p. ao mês, ficando em 29,4% ao ano em maio.