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Loja da Casas Bahia onde funcionou o Mappin fecha as portas em SP

A crise deflagrada pela Americanas contaminou o varejo e há empresas sinalizando ajustes nas operações, diz sindicalista

Economia|Do R7

Vista da fachada da loja das Casas Bahia no centro de São Paulo, que fecho as portas
Vista da fachada da loja das Casas Bahia no centro de São Paulo, que fecho as portas Vista da fachada da loja das Casas Bahia no centro de São Paulo, que fecho as portas

Na semana passada, a tradicional loja da Casas Bahia localizada na Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista, onde no passado funcionou o icônico Mappin, a primeira loja de departamento do País, fechou as portas. O prédio era ocupado desde novembro de 2004 pela Casas Bahia.

Além do Mappin, que se instalou no edifício em 1939 e lá ficou por 60 anos, deixando o imóvel após a decretação da falência da empresa sob o controle do empresário Ricardo Mansur, o GPA também abriu uma loja de supermercados nesse ponto comercial. Com a bandeira Extra Mappin, a loja funcionou por cinco anos, quando deu lugar à Casas Bahia.

"Quando vi o fechamento de uma loja emblemática da Casas Bahia, fiquei preocupado: pode ser sinal de que alguma coisa esteja acontecendo", afirma o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

Ele se refere a crise enfrentada pelo varejo e que veio à tona em meados de janeiro, com pedido de recuperação judicial da Lojas Americanas. De certa forma, esse evento colocou em xeque a credibilidade do setor.

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A Via, empresa dona da marca Casas Bahia, informou, por meio de nota, que "o movimento faz parte de um ciclo natural do varejo, de fechamento e abertura de lojas". De acordo com o comunicado, os colaboradores da loja da Praça Ramos de Azevedo foram realocados para outras lojas da rede e não houve demissões. A companhia diz que a demanda dos frequentadores da loja fechada será absorvida por outra unidade da rede, que fica no Shopping Metrô Santa Cruz.

Crise sistêmica

Segundo Patah, a crise deflagrada pela Americanas contaminou o varejo e há empresas sinalizando ajustes nas operações, com demissões. "Soube que houve avisos de cortes, mas ainda não tenho números porque as rescisões não foram transformadas em homologações", diz o sindicalista.

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Entre as varejistas que, estariam enxugando os quadros, o sindicalista aponta a Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, e o GPA. Patah diz que já conversou com a Via e o GPA sobre a sua preocupação em relação a demissões. O sindicato está se antecipando e quer dialogar com as varejistas porque vê um risco sistêmico de enxugamento do setor depois da crise na Americanas.

O GPA diz que as declarações do presidente do sindicato não procedem. A assessoria do GPA informa, em nota, que "a companhia está com dezenas de vagas abertas para contratação em diferentes áreas". Questionada sobre cortes na companhia, apontados por Patah e apurados pela reportagem, a Via não comentou.

Quanto a Americanas, o presidente do sindicato diz que até o dia 20 de março a varejista não poderá demitir porque foi fechado um acordo entre o Ministério Público e o sindicato que veta os cortes até essa data. A Americanas tem mais de 40 mil funcionários no País.

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