Mais velhos sofrem com preços de alimentos e transporte em março

A inflação disseminada na economia brasileira atinge também os consumidores mais velhos. Puxado pela alta no preço dos alimentos e dos transportes, o IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor — 3ª Idade) saltou 1,35% em março, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

A variação, que é a maior para um mês desde setembro do ano passado (+1,48%), corresponde a uma aceleração em relação à alta de 0,37% apurada em fevereiro.

No mês, o resultado foi guiado pela disparada em ritmo maior de sete dos oito grupos pesquisados, com destaque para transportes (de 0,17% para 2,52%) e alimentação (de 1,53% para 2,47%).

Também apresentaram aceleração na comparação com fevereiro os itens habitação (de 0,22% para 1,49%), vestuário (de 0,18% para 0,95%), saúde e cuidados pessoais (de 0% para 0,47%), educação, leitura e recreação (de -0,36% para 0,63%) e despesas diversas (de 0,07% para 0,34%).

Por outro lado, o único grupo que registrou queda no mês passado foi comunicação (de 0,02% para -0,16%). 

Com o avanço, o índice que mede a inflação para os consumidores da terceira idade acumula ganho de 10,03% no acumulado dos últimos 12 meses. A maior alta para o intervalo foi verificada no grupo habitação (de 13,19% para 13,96%).

A coleta do IPC-3i é baseada no orçamento de famílias compostas, majoritariamente, de indivíduos com mais de 60 anos de idade. Com a divulgação, a FGV destaca a possibilidade de observar como a variação do preço de produtos e serviços afeta o custo de vida de parcela crescente da população brasileira.