Melhora do mercado de trabalho ameaça inflação e exige cautela, avalia BC
Ata do Copom cita a necessidade de um "acompanhamento minucioso" da dinâmica dos rendimentos e do grau de ociosidade para definir impactos sobre a inflação de serviços
Economia|Do R7
A queda do desemprego ao menor nível desde 2015 e evolução das contratações no mercado formal de trabalho ainda é vista com cautela pelo BC (Banco Central), que vê possíveis impactos do movimento no andamento da inflação.
Na ata que define as motivações para o quarto corte seguido de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, de 12,25% para 11,75% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) avalia que o movimento pode acelerar a inflação.
"O Comitê seguirá atento à dinâmica dos rendimentos nas diversas pesquisas para melhor avaliar o grau de ociosidade no mercado de trabalho e seus potenciais impactos sobre a inflação de serviços", destaca.
A percepção leva em conta a ampliação salário trabalhadores. "O Comitê julgou que é importante seguir monitorando com bastante atenção as diferentes variáveis do mercado de trabalho, em particular com um acompanhamento minucioso da dinâmica de rendimentos reais", diz a ata.
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Assim, o colegiado afirma que manteve a avaliação de que o desenvolvimento do mercado "pode refletir questões temporárias e segue avaliando que não há evidência de pressões salariais elevadas nas negociações trabalhistas".