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Metade dos pequenos empresários relata piora recente da economia

Resultado negativo ocorre com restrições da segunda onda da pandemia, indicam SPC e CNDL

Economia|Do R7

Otimismo dos empresários sobe com avanço da vacinação
Otimismo dos empresários sobe com avanço da vacinação

Pouco mais da metade dos micro e pequenos empresários relatam piora no ambiente de negócios no Brasil ao longo dos últimos seis meses, de acordo com dados divulgados pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

O resultado, 17 pontos percentuais maior do que o apurado no mesmo período de 2019, é motivado pelos efeitos causados pela segunda onda da pandemia da covid-19 e as medidas de restrição adotadas nos primeiros meses de 2021.

“Os empresários brasileiros ainda sentem os impactos negativos da segunda onda da pandemia no início do ano, principalmente no setor de serviços, mas o avanço da vacinação traz otimismo para os próximos meses, ainda mais com o aumento nas vendas ocorridas nas últimas datas comemorativas deste ano”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.

De acordo com o estudo, a outra metade dos entrevistados se divide entre os que consideram que as condições melhoraram ou melhoraram muito (21%) e os que não observaram alterações no ambiente de negócios (25%).


O cenário de avanço da vacinação e de reabertura das atividades sociais e comerciais parece trazer otimismo aos empresários. De acordo com o levantamento, metade dos micro e pequenos empresários (49%) está confiante ou muito confiante quanto ao desempenho da economia brasileira nos próximos seis meses.

Apesar de positivo, o volume de empresários otimistas caiu 21 pontos percentuais em comparação com a mesma pesquisa realizada em 2019, o que indica que a confiança ainda não recuperou os patamares pré-pandemia.


Com resultado dos efeitos da pandemia, que dois a cada três empresários (64%) relatam que não implementaram melhorias no negócio nos últimos seis meses. "Esse resultado parece indicar que, embora o empresário brasileiro busque se manter otimista quanto ao futuro do país e da sua própria empresa, ele ainda está cauteloso", avalia Costa.

Entre as melhorias realizadas pelas empresas nos últimos 6 meses, destacam-se: reforma da empresa (28%), ampliação do estoque (27%), compra de equipamentos, maquinários e computadores (24%), implantação de vendas ou serviços online (22%) e enxugamento de gastos (21%).


Crédito

A pesquisa também aponta que poucos empresários querem contratar crédito nos próximos 90 dias (12%). Por outro lado, 43% com certeza não vão tomar crédito e 27% provavelmente não vão contratar nos próximos três meses.

Na percepção dos pesquisadores, os números mostram que a confiança dos MPEs está diretamente relacionada à sua disposição em contratar crédito e realizar investimentos.

Entre os empresários que vão ou que provavelmente vão contratar crédito nos próximos 90 dias, as principais finalidades para o crédito são a aquisição de capital de giro (33%), ampliação do negócio (29%) e compra de estoques e/ou insumos (26%).

“A melhoria da confiança para os próximos meses ainda não foi suficiente para alavancar o investimento nem encorajar o empresariado a buscar crédito. Muitos empresários ainda estão pagando dívidas contraídas nos últimos meses e o endividamento atrapalha ainda mais a busca pelo crédito”, observa Costa.

De acordo com o estudo, os empresários recorrem principalmente ao capital próprio que haviam poupado (42%) ou a capital próprio a partir da venda de um bem (21%), sendo que este último aumentou 11 pontos percentuais em relação a 2019. Outra estratégia menos recorrente é o empréstimo e financiamento em instituições financeiras (18%).

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