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Minha Casa Minha Vida puxa recuperação do setor de construção no 3º trimestre

Mercado registra crescimento de 35% nos lançamentos no período, na comparação com os três meses anteriores, diz CBIC

Economia|Do R7, com Agência Estado


Lançamentos da indústria da construção caíram 16% no ano
Lançamentos da indústria da construção caíram 16% no ano

Com uma queda de 16% nos lançamentos nos primeiros nove meses de 2023, o mercado da construção e venda de imóveis novos mostrou recuperação no terceiro trimestre deste ano, com queda de 8,6% nas unidades lançadas, na comparação com o trimestre anterior. O resultado foi impulsionado pelo programa Minha Casa Minha Vida, que respondeu por 46% dos imóveis lançados entre julho e setembro.

Das 64,54 mil novas unidades colocadas no mercado no período, 29,65 mil foram do programa habitacional do governo federal, 46% do total. No segundo trimestre de 2023, o setor de construção lançou 21,84 mil unidades, 31% delas do Minha Casa Minha Vida.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (27), são de um levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que considera apenas imóveis residenciais novos e abrange 219 cidades.

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"Apesar da redução dos lançamentos, as vendas tiveram queda menor, estão praticamente estáveis neste ano. Percebe-se um equilíbrio do mercado na oferta final. Para os dois próximos trimestres, nossa projeção é de crescimento, em nível parecido com os dos quartos trimestres de 2021 e de 2022, talvez de 5% a menos que no ano passado", fala o economista Celso Petrucci, responsável pela pesquisa da CBIC.

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No acumulado de 2023 até setembro, foram colocadas no mercado 193,9 mil unidades residenciais, 16% menos que os 230,73 mil novos imóveis lançados nos primeiros nove meses de 2022. No mesmo período, foram vendidas 234,9 mil unidades, diminuição de 3% ante as 242,2 mil vendas do ano anterior.

Entretanto, foi registrado crescimento de 6,5% nas vendas do segundo para o terceiro trimestre deste ano, mesmo com redução de 8,6% nos lançamentos.

"A taxa de desemprego está mais baixa, e o mercado já sente os efeitos da queda da taxa Selic. Ainda não dá para o setor comemorar, mas podemos dizer que a situação está satisfatória para as incorporadoras", completa.

Na comparação entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo intervalo de 2022, o recuo observado nos lançamentos foi de 20,3%, totalizando 64,5 mil unidades, enquanto as vendas subiram 4,6%, para 82,3 mil.

Com isso, o estoque de imóveis (unidades na planta, em obras e recém-construídas) encolheu 10,5%, ficando em 272,1 mil. No ritmo atual de vendas, esse estoque seria consumido em 10,4 meses.

Em termos financeiros, os imóveis lançados no trimestre totalizaram R$ 36 bilhões, o que representa queda de 18,6% na mesma base de comparação anual. E as vendas atingiram R$ 46 bilhões, aumento de 11,9%.

"As vendas estão saudáveis, com preços sustentáveis, e o mercado imobiliário saudável é importante para combater o déficit habitacional, que hoje é de 6 milhões de moradias", diz o engenheiro Renato Correia, presidente da CBIC.

Ele afirma que o Minha Casa Minha Vida tem um importante papel nesse equilíbrio. "Desde 2009, ele mostra um acerto na condução da política habitacional do país. É um programa de sucesso, com 6 milhões de casas construídas em 14 anos", finaliza Correia.

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