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Moeda russa tem desvalorização recorde em relação ao dólar e ao euro nesta segunda (28)

Na abertura da sessão, cinco dias após o início da invasão da Ucrânia, rublo registrou quedas próximas a 15%, e continua caindo

Economia|Da AFP, com R7

Rublo atingiu desvalorização máxima logo nos primeiros minutos de negociações nesta segunda
Rublo atingiu desvalorização máxima logo nos primeiros minutos de negociações nesta segunda

A cotação do rublo desabou nesta segunda-feira (28) e registrou valores mínimos em relação ao dólar e ao euro na abertura da Bolsa de Moscou, consequência das sanções impostas pela invasão russa da Ucrânia.

O rublo era negociado a 90 unidades por dólar nesta segunda-feira, ante 83,5 na quarta-feira (23), o último dia em que havia sido registrada a taxa de câmbio oficial, antes da invasão da Ucrânia. Em relação ao euro, a moeda russa tinha cotação de 101,19 por euro em comparação ao nível anterior, de 93,5.

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A desvalorização em relação ao dólar é de 7,7% e um pouco superior (8,2%) ante o euro.

As negociações foram suspensas depois que superaram os limites permitidos nas operações. Com a retomada, 50 minutos depois, a queda persistia. Um dólar era negociado a 95,48 rublos (14,3% de elevação), e um euro, a 107,35 (14,8%).


A Bolsa de Moscou informou, antes da abertura, que havia estabelecido tetos – 90 rublos por 1 dólar e 101,19 rublos por 1 euro –, que provocariam a suspensão das negociações. Os limites foram superados nos primeiros segundos da sessão.

Para defender a economia e a moeda nacional das sanções ocidentais, o Banco Central da Rússia anunciou em comunicado nesta segunda-feira que elevará a taxa básica de juros em 10,5 pontos percentuais, a 20%.


"O Banco da Rússia tomará novas decisões sobre a taxa básica com base em uma avaliação dos riscos associados às condições externas e internas e na resposta dos mercados financeiros a esses riscos", afirmou a instituição.

Estados Unidos, União Europeia e outros países anunciaram que vão excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos bancários Swift e de qualquer transação com o Banco Central da Rússia.

Antes das sanções ocidentais e da invasão da Ucrânia, a inflação já estava em forte alta na Rússia, o que obrigou o BC a aumentar sua taxa de juros várias vezes.

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