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Movimento em restaurantes e bares deve crescer 30% na Copa

Dias mais quentes, pagamento do 13º salário e jogos à tarde contribuem para o aumento da frequência, diz associação

Economia|Agência Brasil

Associação estima que movimentos em bares deve crescer 30% durante a Copa
Associação estima que movimentos em bares deve crescer 30% durante a Copa Associação estima que movimentos em bares deve crescer 30% durante a Copa

Se já é divertido assistir a uma partida de futebol ao lado dos amigos e familiares e com boa comida, poder fazer isso fora de casa, vendo o jogo em um telão, sem ter nenhum trabalho e durante uma Copa do Mundo, é melhor ainda. Esse é o desejo de muitos brasileiros, segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que estima um aumento de pelo menos 30% no movimentos desses estabelecimentos por causa do campeonato, que começou no domingo (20).

A entidade avalia que fatores como as temperaturas mais quentes em novembro, a liberação do 13º salário e os horários dos jogos à tarde contribuem para aumentar a frequência dos clientes.

“O bar, normalmente, já é visto como um espaço de congraçamento; já é comum, no Brasil, a transmissão de jogos dos times, mas os restaurantes têm muito a ganhar também [com a Copa]", disse José Eduardo Camargo, líder de Inteligência e Conteúdo da Abrasel. Ele acredita que todos podem ter vantagens nesse período. "Alguns jogos, que são mais perto da hora do almoço, serão benéficos [para os restaurantes]. Sem contar que há uma variedade muito grande.”

Uma pesquisa realizada pela Abrasel com cerca de 1.700 estabelecimentos indica que 45% dos restaurantes vão transmitir os jogos, e um terço deles informou que vai criar pratos temáticos. “Isso mostra que a competição está movimentando bastante o setor”, acrescentou Camargo. De acordo com a associação, neste ano, diferentemente do que ocorria em outras edições do Mundial, os restaurantes fizeram reservas para novembro e dezembro, o período da disputa.

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Fernando Blower, diretor-executivo da ANR (Associação Nacional de Restaurantes), prefere não se arriscar em previsões. Ele falou que o clima em torno da Copa do Mundo ainda não deixa claras as possibilidades de ganhos adicionais. “Os próprios restaurantes têm expectativas, mas não necessariamente informações para passar. Acho que o dado muito mais correto não vai ser o prospectivo, vai ser aquele de realização, uma vez que a Copa termine e a gente consiga entender de fato esse impacto”, afirmou.

Incerteza

Para o diretor da ANR, alguns fatores contribuem para o sentimento de incerteza, como a realização dos jogos logo após as eleições. Além disso, ele disse que, normalmente, o fim do ano tem maior demanda nas companhias, o que dificulta a liberação de trabalhadores durante o expediente. “A gente está aqui disputando atenção com as festas de fim de ano, e, à medida que a Copa começar a passar para dezembro, nas oitavas, quartas e semifinal, você já vai estar naquela reta final em que as empresas estão se planejando, fazendo os fechamentos.”

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Blower acrescentou, ainda, o fato de este não ser um período de férias escolares.

Ele chamou atenção para oportunidades que podem surgir para restaurantes com serviço de delivery. “Cresceu muito no período pandêmico, e continua sendo muito relevante para os restaurantes, mais que dobrou de tamanho e de importância para o nosso setor, e o cliente se acostumou muito também”, destacou.

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Contratações

As análises da Abrasel mostram boas perspectivas para contratações em bares e restaurantes neste fim de ano. “Na pesquisa que a gente fez em setembro, por exemplo, quase metade dos estabelecimentos disse que ainda iria contratar até o fim do ano, e 25% já tinham contratado funcionários para aumentar a equipe. O setor está reagindo”, disse Camargo.

Para a ANR, ao contrário, a expectativa é que não haja um crescimento significativo nas contratações. “Primeiro, que a coisa [a Copa] não está tão quente quanto foi em outras oportunidades, e também porque as empresas ainda carregam um passivo da pandemia expressivo. Elas estão evitando muito o aumento de custos neste momento”, explicou Blower. O diretor avaliou que o setor pode fazer contratações temporárias, “mas nada muito expressivo”.

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