Logo R7.com
RecordPlus

Novos mercados e apoio estatal vão seguir absorvendo tarifaço, diz Fávaro

Ministro da Agricultura afirmou que Brasil deve alcançar a marca de 500 novos mercados para produtos agropecuários até o fim de 2026

Economia|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro Carlos Fávaro destaca a importância da abertura de novos mercados para mitigar tarifas sobre produtos brasileiros nos EUA.
  • Brasil já abriu 437 novos mercados desde 2023 e visa chegar a 500 até 2026.
  • Exportações brasileiras atingem recorde, com destaque para o agronegócio que gerou US$ 14,29 bilhões em agosto.
  • Vendas de café e carnes para China e México aumentam significativamente, ampliando a presença brasileira no exterior.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Carlos Fávaro afirmou que Brasil deve alcançar a marca de 500 novos mercados até o fim de 2026 Marcelo Camargo/Agência Brasil - 29/05/2024

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (17) que a abertura de novos mercados e o apoio do Plano Brasil Soberano serão fundamentais para reduzir os impactos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos desde agosto.

Segundo ele, o Brasil deve alcançar a marca de 500 mercados até o fim de 2026.


“O presidente Lula me pediu 200 novos mercados no mandato em quatro anos. Nós já estamos com 437 em dois anos e nove meses e eu me arrisco a dizer que nós vamos abrir 500 mercados e um portfólio muito maior”, disse Fávaro no programa Bom Dia, Ministro.

Desde 2023, o país já abriu 437 novos mercados em 72 países. Segundo o ministro, esse trabalho preventivo foi decisivo diante da nova barreira comercial.


“Os impactos foram muito menores do que poderiam ser, graças a um trabalho feito preventivamente, intensificado agora, de aberturas de mercados, de procurar e restabelecer novas relações multilaterais”, afirmou.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras bateram recorde nos oito primeiros meses do ano, somando US$ 227,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 184,8 bilhões.


O agronegócio também teve alta em agosto, com vendas externas de US$ 14,29 bilhões, impulsionadas por soja em grãos, carne bovina in natura e milho.

Produtos como sebo bovino, sementes de oleaginosas, feijões, rações animais e óleo de amendoim também registraram desempenho histórico.


Fávaro citou como exemplo a ampliação das vendas de café para a China e de carnes para o México.

“Praticamente não vendíamos café para a China. Em 2024, uma única compra, 500 milhões de dólares. Devemos ter vendido quase um bilhão de dólares. Foi gerada pela venda de proteínas animais, carnes bovinas e suínas, que nós não vendíamos para o México. O México é uma economia e uma população basicamente muito parecida com a brasileira. 200 milhões de pessoas que não compravam carne e proteína do Brasil e compravam basicamente da sua produção local e dos Estados Unidos. Hoje, o México já é o segundo maior consumidor das proteínas brasileiras”, destacou.

O ministro reforçou a importância do mercado norte-americano, mas disse que o país está preparado para diversificar parceiros.

“Os Estados Unidos são um grande comprador? São. Mas nós abrimos alternativas, geramos grandes oportunidades, e por isso posso com muita tranquilidade dizer que os impactos são muito menores do que poderiam ter sido se nós não tivéssemos trabalhado preventivamente na busca de novos mercados.”

Fávaro destacou ainda que o Plano Brasil Soberano, com recursos de R$ 30 bilhões, será central no enfrentamento ao tarifaço. O programa prevê crédito com taxas acessíveis, prorrogação de suspensão de tributos, aumento do percentual de restituição por meio do Reintegra e facilitação na compra de alimentos por órgãos públicos.

“Todas as ações foram tomadas e estamos abertos ainda a dialogar com as empresas, as indústrias, o comércio, a agropecuária, para que todo mundo que for afetado de alguma forma ou outra, o governo estará ao lado, estendendo a mão para que a gente minimize esses impactos”, afirmou.

Perguntas e Respostas

Qual foi a afirmação do ministro da Agricultura sobre a abertura de novos mercados?

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que a abertura de novos mercados e o apoio do Plano Brasil Soberano são fundamentais para reduzir os impactos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos desde agosto. Ele mencionou que o Brasil deve alcançar a marca de 500 mercados até o fim de 2026.

Quantos mercados o Brasil já abriu até agora?

Desde 2023, o Brasil já abriu 437 novos mercados em 72 países. Fávaro destacou que esse trabalho preventivo foi decisivo diante da nova barreira comercial imposta pelos Estados Unidos.

Quais foram os resultados das exportações brasileiras nos primeiros meses do ano?

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras bateram recorde nos oito primeiros meses do ano, totalizando US$ 227,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 184,8 bilhões. O agronegócio também teve um aumento significativo em agosto, com vendas externas de US$ 14,29 bilhões.

Quais produtos contribuíram para o aumento das vendas externas?

As vendas externas foram impulsionadas por produtos como soja em grãos, carne bovina in natura e milho. Outros produtos, como sebo bovino, sementes de oleaginosas, feijões, rações animais e óleo de amendoim, também registraram desempenho histórico.

Quais exemplos de aumento nas vendas o ministro citou?

Fávaro citou a ampliação das vendas de café para a China e de carnes para o México. Ele mencionou que, em 2024, o Brasil deve ter vendido quase um bilhão de dólares em café para a China e que o México se tornou o segundo maior consumidor das proteínas brasileiras.

Qual é a posição do ministro sobre o mercado norte-americano?

O ministro reforçou a importância do mercado norte-americano, mas afirmou que o Brasil está preparado para diversificar seus parceiros comerciais, criando novas oportunidades e minimizando os impactos da tarifa imposta pelos Estados Unidos.

Como o Plano Brasil Soberano ajudará a enfrentar a tarifa?

Fávaro destacou que o Plano Brasil Soberano, com recursos de R$ 30 bilhões, será central no enfrentamento à tarifa. O programa prevê crédito com taxas acessíveis, prorrogação de suspensão de tributos, aumento do percentual de restituição por meio do Reintegra e facilitação na compra de alimentos por órgãos públicos.

O que o governo está fazendo para apoiar os afetados pela tarifa?

O ministro afirmou que todas as ações necessárias foram tomadas e que o governo está aberto ao diálogo com empresas, indústrias, comércio e agropecuária para minimizar os impactos da tarifa sobre aqueles que forem afetados.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.