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Número de empresas de construção quase dobra em 10 anos no Brasil

Setor manteve trajetória de queda no volume de profissionais ocupados e somou 1,9 milhão de trabalhadores em 2018, diz IBGE

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Construção de edifícios representa 45% do setor
Construção de edifícios representa 45% do setor

A quantidade de empresas do setor de construção ativas no Brasil voltou a crescer e alcançou 124,5 mil em 2018. O número é 1,3% superior ao de 2017 e 95,7% maior do que o registrado em 2009, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o IBGE, “houve uma mudança estrutural importante na indústria da construção” no período entre 2009 e 2018. “A construção de edifícios passou a ser o segmento mais representativo, enquanto as obras de infraestrutura, que geravam a maior parcela do valor de obras em 2009, ficaram em segundo lugar em 2018”, aponta a PAIC (Pesquisa Anual da Indústria da Construção).

Leia mais: Construção tem mais rápida e abrupta retração em março

Os dados de 2018 apontam que a construção de edifícios representa 45,5% de toda participação no valor de incorporações, obras e serviços (R$ 126,5 bilhões). Apesar de liderar o segmento, o valor movimentado pelo subsetor foi o menor desde 2011.


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Na sequência, figuram as obras de infraestrutura, que desabaram 15,2 pontos percentuais no período de 10 anos e agora representam pouco mais de 30% do setor no Brasil, movimentando R$ 87 bilhões. Já os serviços especializados para construção, correspondem 26,16% do segmento, com participação na casa dos R$ 64 bilhões.

De acordo com a PAIC, "a concessão de crédito habitacional em condições mais facilitadas, a expansão dos programas habitacionais e o aumento do poder de compra das famílias" contribuíram para o aumento do segmento de construção de edifícios nos últimos 10 anos.


Empregos

A PAIC destaca ainda que o salto no número de companhias não impulsionou a quantidade de trabalhadores do setor de construção, que fechou 2018 com 1,869 milhões de empregados após cinco anos seguidos de queda. Na comparação com 2009, o número de ocupados pela construção ficou 9,67% menor.


A maior parte dos empregos e empresas aparece no segmento de construção de edifícios, com mais de 702 mil pessoas ocupadas. Já os setores destinados a obras e infraestrutura e serviços especializados da construção contam com 547.642 e 619.897 profissionais empregados, respectivamente.

Proporção salarial da construção ante o mínimo em 2018 foi a menor desde 2009
Proporção salarial da construção ante o mínimo em 2018 foi a menor desde 2009

Em termos salariais, os empregados do setor da construção receberam uma remuneração média mensal na faixa de 2,3 salários mínimos (R$ 2.194), menor valor registrado nos últimos 10 anos. Ao todo, os pagamentos salários, retiradas e outras remunerações somaram R$ 53,3 bilhões em 2018.

Apesar de ter sofrido a maior retração proporcional dos últimos 10 anos, de mais de meio salário mínimo, o segmento de obras de infraestrutura manteve a tendência histórica e permaneceu com a remuneração média mais elevada da construção, de cerca de 2,8 salários mínimos (R$ 2.671).

As remunerações pagas nas atividades de construção de edifícios e serviços especializados, por sua vez, mantiveram-se com uma média de 2,1 salários mínimos, preservando o mesmo desempenho apresentado ao longo da década.

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