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O que é PIB? Entenda e veja como ele afeta o seu bolso

PIB do Brasil cresceu 2.9% em 2022, segundo o IBGE

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Em todo o mundo, o PIB é considerado a melhor forma de medir o tamanho da economia de um país
Em todo o mundo, o PIB é considerado a melhor forma de medir o tamanho da economia de um país

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2022 teve crescimento de 2,9%. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (2), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de relevante, muitos brasileiros ainda não sabem o que o indicador significa para a economia e o que ele tem a ver com o bolso da população.

De forma resumida, o PIB mede o tamanho da economia de um país em determinado período. Ele não é a única forma de fazer isso, mas é considerado a opção mais confiável por governos e agentes de mercado em todo o mundo.

Ou seja, se o PIB cresceu, significa que a economia cresceu. Nesse contexto, o resultado positivo representa mais empregos, mais renda, entre outros fatores positivos, para a população — pelo menos na teoria. Foi o caso do Brasil no ano passado.


Todas as nações calculam seu PIB em sua respectiva moeda. Dessa forma, o indicador é importante fator na hora de um investidor estrangeiro decidir colocar seu dinheiro em certo país, por exemplo.

Como é o cálculo

O PIB soma todos os bens e serviços finais produzidos por um país, em certo período de tempo. Isso é feito para evitar dupla contagem. Os valores relacionados a matérias-primas, por exemplo, não entram nessa conta, já que acabam sendo embutidos no produto.


Esses bens e serviços finais são medidos pelo preço com que chegam ao consumidor. Ou seja, o PIB leva em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.

Ainda nessa conta, os gastos do governo são incluídos como um fator de crescimento. Já as importações são subtraídas.


Cálculo tradicional do PIB, em todo o mundo
Cálculo tradicional do PIB, em todo o mundo

No Brasil, o IBGE considera uma série de dados. Veja quais são eles:

- Balanço de pagamentos (Banco Central)

- Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica — DIPJ (Secretaria da Receita Federal)

- Índice de Preços ao Produtor Amplo — IPA (FGV)

- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — IPCA (IBGE)

- Produção Agrícola Municipal — PAM (IBGE)

- Pesquisa Anual de Comércio — PAC (IBGE)

- Pesquisa Anual de Serviços — PAS (IBGE)

- Pesquisa de Orçamentos Familiares — POF (IBGE)

- Pesquisa Industrial Anual-Empresa — PIA-Empresa (IBGE)

- Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física — PIM-PF (IBGE)

- Pesquisa Mensal de Comércio — PMC (IBGE)

- Pesquisa Mensal de Serviços — PMS (IBGE)

Distorções do PIB

Mas esse indicador não expressa outros fatores importantes, como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde.

Dessa forma, um país até pode ter um PIB pequeno, mas ter um alto padrão de vida, e vice-versa.

Além disso, uma parcela de economistas alega que o PIB não é um bom medidor de uma economia. Na visão dos estudiosos da chamada escola austríaca, não há sequer como fazer esse cálculo.

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Os fatores que são levantados na conta do indicador (ilustrado na arte) não representariam ganhos na economia real, segundo essa corrente.

“Logo de partida, já é possível notar dois problemas graves: gastos governamentais são considerados atividades econômicas viáveis; e importações são consideradas negativas, e são subtraídas das exportações, que são consideradas positivas.”, diz o Instituto Mises Brasil.

No entanto, vale lembrar que a escola austríaca não costuma ter espaço entre especialistas do mercado e os economistas.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas.

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