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O que falta para o Brasil possuir uma economia forte como da Índia e China? Economista analisa

PIB do país registrou uma alta mais tímida de 0,1% no terceiro trimestre do ano; valor que mostra uma desaceleração da economia

Economia|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O PIB do Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, evidenciando uma desaceleração econômica.
  • A queda no consumo das famílias contribuiu significativamente para o resultado fraco, reduzindo de 1,8% para 0,4%.
  • O economista Roberto Troster critica a demora do Banco Central em aumentar a taxa Selic e a falta de redução, resultando em altos níveis de endividamento.
  • Troster destaca a necessidade de um foco em políticas de longo prazo, como exemplificado pelas economias da China e da Índia.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Os juros altos desaceleraram o consumo das famílias brasileiras e impactaram no resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre de 2025. Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB teve alta de 0,1% no período, contra uma expansão maior nos três meses anteriores.

O fator que mais contribuiu na redução do ritmo de crescimento foi a queda no consumo das famílias, que passou de 1,8% para 0,4% na mesma comparação. No entanto, o cenário de menor crescimento já era esperado pelos economistas do mercado financeiro, com uma estimativa de crescimento de 2,16% do indicador — menor que 2024, quando registrou crescimento de 3,4%.


Economista aponta que ações do BC acerca da taxa de juros auxiliaram para resultados sofridos pela população Reprodução/ Record News

Na visão do economista Roberto Troster, o resultado reflete as decisões do Banco Central em relação ao estabelecimento da taxa básica de juros do país, a Selic. Segundo o economista, o órgão se equivocou em demorar ao aumentar esse valor anteriormente e, por conseguinte, erra atualmente ao não reduzir a alíquota que está em 15%, o que gera maior endividamento da população e do país.

Troster ilustra que o país registra recordes de pessoas e empresas negativadas, com 78,8 milhões de cidadãos com nome sujo, o que interfere em novos empregos, além de uma maior dificuldade de obter crédito. Outro ponto citado pelo economista que interfere diretamente na vida das famílias são as taxas de cartão de crédito e em alguns tipos de compras em que, na somatória da Selic com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), podem chegar a alíquotas entre 17% e 18%.


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No entanto, o economista destaca que, além das ações mais precisas do BC, cabe ao país e entes econômicos estabelecerem planos no setor a longo prazo. Ao citar os exemplos de China e Índia, que ganharam protagonismo com economias robustas, ele destaca que medidas adotadas pelo país necessitam de foco no povo, que é quem mais sofre com a altas taxas de juros.

“A Índia é exatamente a mesma coisa, é um país maior que o Brasil, com várias línguas e religiões e consegue fazer o que ela se foca, o que precisa ser feito para fazer o país crescer. É como no futebol, ou em qualquer esporte, a vontade de ganhar às vezes supera a técnica, e falta um pouquinho isso no Brasil”, completa Troster em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (5).

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