A esmagadora maioria das aplicações financeiras e dos investimentos rende ganhos calculados a partir dos juros compostos. Porém, é comum ouvir que as pessoas não sabem o que são eles.
Antes, é necessário entender que os juros são “o preço do dinheiro”. Assim como os alimentos no supermercados e quaisquer outros produtos são precificados de acordo com a oferta e a demanda, o dinheiro também.
Por exemplo, se há muita gente querendo comprar bananas, elas ficarão mais caras. O mesmo ocorre com a grana.
Para calcular esse valor, podem ser usados os juros simples e os compostos. O primeiro funciona da seguinte forma:
Em uma situação imaginária, uma pessoa pega um empréstimo de R$ 100 com um determinado banco a uma taxa de 10% ao mês, em janeiro. A cada 30 dias, o personagem teria de pagar no total R$ 110 à instituição.
Já os compostos são cobrados pelo valor contraído inicialmente mais os juros pagos em um primeiro momento. Assim, aquele empréstimo de R$ 100 ficaria muito mais caro.
No caso, a pessoa ainda arcaria com R$ 110 ao fim de um mês. Porém, na parcela de março, o banco receberia R$ 121.
Após um ano, se os juros fossem simples, o cliente teria gastado R$ 220 para obter o empréstimo de R$ 100. No entanto, se o juros fossem compostos, o gasto total dele seria de R$ 313,84.
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No entanto, vale lembrar que as transações com base em juros compostos são bem mais comuns no mercado. Dessa forma, é essencial entender essa ferramenta antes de fazer qualquer aplicação.
Juros podem não ser vilões
Normalmente, os brasileiros associam os juros ao valor que a população precisa pagar aos bancos. Porém, pode ser o contrário.
Há diversos investimentos em que, na verdade, a instituição paga à pessoa física. É o caso, por exemplo, do CDB (Certificado de Depósito Bancário). Nada mais é do que alguém emprestando dinheiro ao banco. Este ativo é uma das principais formas de esses estabelecimentos se financiarem.
“Os juros compostos podem ser grandes aliados na hora de fazer um investimento já que tem a capacidade de multiplicar os rendimentos aplicados”, destaca a Bolsa de Valores do Brasil, a B3.
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*Sob a supervisão de Ana Vinhas