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Oitenta e um países têm gasolina mais cara que a do Brasil; em Hong Kong, ela custa mais que o dobro 

Ranking mundial mostra que abastecer poderia ter peso maior no orçamento nacional, mas situação também poderia ser melhor: na Venezuela, o litro custa 2% do que pagamos

Economia|Do R7

Em 88 países, gasolina é mais barata que aqui
Em 88 países, gasolina é mais barata que aqui

Pense duas vezes na hora de criticar o quanto o motorista brasileiro gasta nos postos. Os preços do país estão longe de ser os mais caros do mundo.

De acordo com o ranking dos litros de gasolinas mais valiosos do planeta, do site GlobalPetroPrices.com, estamos no 82º lugar mundial, com o preço médio de US$ 1,30 custando menos da metade do que se paga em Hong Kong, primeira colocada (US$ 2,87).

Mônaco (US$ 2,47), Holanda e Finlândia (ambos com US$ 2,43) vêm na sequência com as gasolinas mais salgadas na relação divulgada pela Global Price na segunda-feira (14).

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Claro que os preços poderiam ser mais baixos no Brasil. Se são 81 países cobrando acima do valor do nosso combustível, um número ainda maior, de 88 nações, têm a gasolina mais em conta. 


Os destaques com as gasolinas a preço de banana ficam para dois grandes produtores de petróleo. A Venezuela é que tem o menor valor (US$ 0,025), ou menos de 2% do que se cobra no Brasil.

A Rússia aparecia com o 11º melhor preço em 14 de março: US$ 0.431. O prolongamento da invasão à Ucrânia, no entanto, e as sanções internacionais aos produtos do país devem elevar a inflação para os motoristas. 


A advogada Luciana Reis, especialista no setor de óleo, gás, infraestrutura, energia e direito contratual, diz que é natural que mesmo os países produtores adotem preços internacionais. 

"Essa lógica também se aplica ao Brasil. Embora sejamos autossuficientes em produção de petróleo e, inclusive, somos exportadores, o país não possui infraestrutura de refinarias para produzir todo o combustível internamente, estando sujeito à volatilidade do preço", analisa Luciana.

Ela acrescenta ainda que o preço da gasolina na bomba é composto, aproximadamente, por 35% do custo da gasolina, 15% do custo do etanol anidro, 10% de custos e lucro de distribuição e revenda, 40% de tributos federais e estaduais. "Ou seja, também estamos sujeitos à commodity cana-de-açúcar e aos impactos na produção, além de uma pesada carga tributária, o que faz com que a gasolina não seja ainda mais barata por aqui."

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