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Ovos de Páscoa estão 2% mais caros este ano, dizem supermercados

Já o aumento dos pescados deve ficar entre 2,1% e 2,5%. O período é o 2° melhor em faturamento e tem aumento na procura também de vinhos

Economia|Do R7

Valor dos ovos de Páscoa não é tabelado
Valor dos ovos de Páscoa não é tabelado

A expectativa dos supermercados de São Paulo é que o aumento do preço dos ovos de Páscoa neste ano fique em torno de 2% em relação a 2019. Como o valor dos ovos nos mercados não é tabelado, a orientação é sempre pesquisar antes de comprar.

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“Apesar do preço do preço do cacau e açúcar se manter estável nos últimos 12 meses, a alta recente do dólar contrabalanceia o preço para o consumidor como corantes e leite”, explica o economista Thiago Berka, da Apas (Associação Paulista de Supermercados).

Já o aumento dos pescados deve ficar dentro da média histórica para o período. Desde 2012 o preço dos peixes, em geral, sobe 2,46% na Semana Santa. Para este ano, a Apas acredita que o aumento deve ficar entre 2,1% e 2,5%. A expectativa de venda é de 2% a 4% maior que em 2019.


“Alguns pescados devem ter a inflação abaixo da prevista, como é o caso do bacalhau, que terá o preço do quilo variando entre R$69 e R$119, dependendo do tipo (dessalgado, tiras, postas, filé e sem espinhas) previsto aumento entre 0,5% a 1%”, destaca Berka.

Vinhos


Para o setor de vinhos a Páscoa é a terceira melhor época do ano, representando 20% das vendas (ajudados pela proximidade com o inverno). Porém, nos últimos 12 meses, o preço das bebidas registrou 5,8% de inflação. Para o período, a estimativa é de aumento de preço entre 1,1% e 1,8%. 

Na Quaresma, a previsão do aumento de ovo de galinha é entre 6% e 8%, item que nos últimos 12 meses registrou 27,32% no preço.


Faturamento

A Páscoa é a segunda melhor data do varejo alimentar no Brasil depois apenas do Natal, de acordo com a Apas. Nos meses de março e abril de 2019, houve crescimento de 5,1% no faturamento, mais que a média anual. A associação ainda não tem a expectativa de vendas para este ano.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), 76% das vendas de ovos devem acontecer nos supermercados, que enfrentam competição com lojas especializadas e produções de microempreendedor individual (MEI).

Por isso, os supermercadistas diminuíram a área destinada para os produtos sazonais desde 2015. Berka explica que a produção de ovos teve uma forte redução de 80 milhões para 36 milhões e isso obrigou as lojas a tomarem uma série de decisões.

Os mercados diminuíram o estoque, com menos ovos acima de 750g e 1kg e mais ovos menores de até 170 gramas. Passaram a apostar também em ovos infantis com brindes e brinquedos e a destacar as barras mais gourmets e caixas de chocolate.

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