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Para evitar armadilhas na Black Friday, pesquisa de preços deve começar já

Para especialistas, prática de mascarar os preços não deve ser adotada pelos lojistas neste ano

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Prática de enganar consumidores fez com o que a Black Friday brasileira recebesse o apelido de “Black Fraude”
Prática de enganar consumidores fez com o que a Black Friday brasileira recebesse o apelido de “Black Fraude”

Os consumidores interessados em fazer um bom negócio no próximo dia 28 de novembro, durante a Black Friday — tradicional evento de descontos com origem nos Estados Unidos — devem começar a pesquisar preços o quanto antes, de acordo com especialistas e varejistas.

Nas edições anteriores do evento, diversas ofertas de sites brasileiros foram enganosas e os preços acabaram sendo mais altos do que o praticado nos dias que antecederam a ação promocional. A prática enganosa fez com o que a data recebesse o apelido de “Black Fraude” pela revista norte-americana Forbes.

Para o diretor de vendas da NeoAssist, Albert Deweik, o consumidor que já tem um determinado produto em mente já pode iniciar a pesquisa de preço em diferentes lojas para não cair em armadilhas. No entanto, ele diz acreditar que essa prática não será utilizada nesta edição da Black Friday.

— Era muito comum no passado a empresa subir 100% o preço do produto e, depois, descontar 50% daquele valor. (...) Agora, as empresas não estão mais fazendo isso. Elas observaram que o principal objetivo da Black Friday é atrair um cliente novo para o resto da vida.


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Além de indicar o mapeamento prévio de preços para fazer um bom negócio, o presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), Maurício Salvador, alerta os consumidores para ficarem atentos. Segundo ele, as ofertas com desconto mais expressivo são limitadas.


— Se o consumidor está de olho em uma televisão, ele tem que ficar atento ao site, porque pode ser que a loja coloque [por exemplo] só duas no Black Friday, não o estoque inteiro.

De acordo com Leandro Cosas, CEO de um site de vendas especializado em moda masculina, a Cueca Store, os brasileiros estão mais cautelosos na hora de comprar. Segundo ele, as empresas que têm a intenção de maquiar os preços aumentam os valores dos produtos algumas semanas antes para, depois, dar o desconto.


— Como é um evento relativamente novo, de uns dois anos pra cá o pessoal começou a perceber que isso [maquiagem de preços] começou a acontecer.

Intenção de compra

Os celulares e smartphones lideram a lista de intenção de compra para a Black Friday deste ano, segundo pesquisa realizada pelo site Mercado Livre. De acordo com o levantamento, 45% dos brasileiros pretendem adquirir produtos eletrônicos na data.

Os itens de moda aparecem na segunda posição do ranking. Na sequência estão as TVs LCD ou LED, eletrodomésticos (24%) e os notebooks (23%).

Cosas, que atua no setor de moda masculina, espera superar o faturamento obtido na edição anterior do evento.

— Hoje em dia, os itens da moda estão entre os mais vendidos. Talvez não em valores absolutos, porque o valor dos produtos eletrônicos é muito maior.

A pesquisa indica ainda que 30% dos brasileiros estão dispostos a gastar mais de R$ 500 durante o evento. Outros 28% decidirão o valor a ser gasto na própria data da promoção. Esses consumidores estão motivados a comprar na Black Friday, principalmente, pelo percentual de desconto (52%), pela opção de frete grátis (31%) e a possibilidade de parcelamento sem juros (16%).

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