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Para Guedes, PIB terá alta de até 3%, e Brasil pode se tornar potência

Ministro diz que guerra na Ucrânia beneficia o país, que tem capacidade de atender à demanda de energia e de alimentos

Economia|

Para o ministro Paulo Guedes, a guerra na Ucrânia pode beneficiar o Brasil
Para o ministro Paulo Guedes, a guerra na Ucrânia pode beneficiar o Brasil Para o ministro Paulo Guedes, a guerra na Ucrânia pode beneficiar o Brasil

Mesmo com a atual política de aperto monetário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estima que o país possa ter crescimento de até 3% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, conforme afirmou nesta segunda-feira (26). No mesmo dia, um pouco mais cedo, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) havia anunciado sua nova projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2022, de 2,5%.

Guedes, que participava do evento Perspectivas para a Economia Brasileira, organizado pelo Fórum Empresarial da Bahia, em Salvador, também falou sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, e a comparou com um "freio de mão puxado". Na semana anterior, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa em 13,75%, interrompendo o ciclo de 12 altas seguidas.

"Preferimos crescer mais moderado, mas com equilíbrio fiscal. O fiscal está forte, a política monetária, a mesma coisa. Com o 'freio de mão puxado', vamos crescer só de 2,70% a 3% [do PIB]", disse o ministro. "Imagina no ano que vem: inflação já caiu, os juros começando a descer, com R$ 900 bilhões de investimentos contratados, outros investimentos em energia eólica", completou.

Guedes ainda questionou: "Como o Brasil não vai crescer?". Para ele, com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil pode emergir como potência mundial, principalmente por causa da energia. O ministro lembra que foi o que aconteceu com os Estados Unidos após as duas Guerras Mundiais, e diz que o país oferece o que outras nações procuram: segurança energética e alimentar. 

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Para Guedes, o prolongamento do conflito pode aumentar a percepção internacional sobre a importância do Brasil para a segurança energética e alimentar no mundo. "Essa guerra lá fora vai durar mais tempo, e vai ter muita turbulência se resolverem seguir com ela", analisa.

Em relação à economia interna, o ministro voltou a dizer que, caso se reeleja, o presidente Jair Bolsonaro pretende extinguir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que, segundo ele, "é um imposto de desindustrialização em massa".

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Tom eleitoral e limites entre os poderes

Em mais uma fala com tom eleitoral, o ministro acusou a oposição de fazer militância e de tentar boicotar a gestão Bolsonaro. "Nosso governo foi atacado de manhã, de tarde e de noite, três anos e meio. É a crise de abstenção de quem não está mais no poder, depois de 30 anos."

Ele defende ter feito mudanças na estrutura da economia brasileira, afirma que este é o primeiro governo a passar por uma eleição com Banco Central independente e nega que Bolsonaro seja populista: "Nosso governo é popular".

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Em meio aos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral, Guedes diz acreditar na democracia, mas repete o discurso do chefe do Executivo de que é preciso respeitar as "quatro linhas da Constituição".

"Tem que ter limites; o seu poder vai até onde começa o do outro. Quando alguém sai das quatro linhas [da Constituição], se um juiz sai das quatro linhas, descredencia o STF", comenta.

Voucher para Educação

O ministro da Economia também falou sobre educação. Disse que, para os estudantes de baixa renda que querem ingressar no ensino superior, em vez de conceder empréstimo como o do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), programa do Ministério da Educação, acha melhor dar voucher (um tipo de vale ou título que corresponde a um crédito para despesas futuras).

"Ora, a pessoa frágil está na periferia, nem conseguiu terminar o curso, e está devendo dinheiro? Eu prefiro dar o voucher, voucher é muito melhor que empréstimo. Prefiro dar empréstimo para a classe média", afirma.

Guedes ainda afirmou que o atual governo deu "chuva de dinheiro" a micro e ao pequeno empresário, e defendeu a diminuição dos tributos da indústria. Ele disse, no entanto, que o setor quer "empurrar" a conta da redução dos impostos para o comércio.

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