'Parlamentares prorrogariam auxílio de R$ 600', diz Maia
Presidente da Câmara afirmou que tem conversado com colegas que mostram interesse em manter benefício como está por mais alguns meses
Economia|Do R7
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou na manhã desta quinta-feira (4) que parlamentares têm manifestado apoio à prorrogação do auxílio emergencial no patamar atual (R$ 600) por mais dois ou três meses e cobrou do governo uma posição oficial sobre um valor que seja consenso entre a equipe econômica e o Congresso.
"Se dependesse dos parlamentares, do que eu estou ouvindo, você teria pelo menos mais duas ou três parcelas do mesmo valor, de R$ 600. Mas tem um impacto, ninguém está negando o impacto e também está negando, nem o governo, a necessidade de prorrogação do benefício. Se é um impacto grande, vamos tentar construir soluções."
O Planalto sugere que o benefício seja prorrogado, mas em duas parcelas de R$ 300. Entretanto, esta proposta ainda não foi levada ao Congresso, segundo Maia.
"A gente sabe das dificuldades, entende a preocupação do governo e gostaria de ter uma posição oficial do governo. Que o governo encaminhe a matéria ao parlamento para que a gente possa fazer o debate, fazer um debate transparente."
Para o presidente da Câmara, os próximos meses ainda serão de "queda grande" da atividade econômica, "impactando no emprego a na renda dos informais e dos mais vulneráveis no Brasil".
Questionado se o Congresso poderia, por iniciativa própria, decidir um valor diferente do que o governo defende — a exemplo do que foi feito para se chegar aos atuais R$ 600 —, Maia disse que sim.
"O Congresso pode tomar iniciativa, mas é bom que o governo tenha uma posição clara para para a gente saber em que condições de impacto fiscal estamos trabalhando. A PEC da Guerra abre as condições para que o governo possa realizar esse gasto, mas todos nós sabemos que o nível de endividamento do governo federal é o nosso limite."