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Pela quarta vez seguida, Banco Central mantém Selic em 15%, maior patamar em quase 20 anos

Expectativa predominante entre analistas financeiros indicava estabilidade no patamar atual, o maior desde 2006

Economia|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

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Taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias Marcello Casal/ JrAgência Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (10), de forma unânime, manter a taxa básica de juros em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. A expectativa predominante entre analistas financeiros indicava estabilidade no patamar atual, o maior desde 2006.

Essa taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.


Após o último encontro do ano, o comitê informou que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação à meta. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, disse o documento.

Os diretores ressaltaram que o atual cenário — marcado por elevada incerteza, tanto externa quanto interna — exige uma postura cautelosa. Por isso, optou por manter os juros altos por um período prolongado, mas deixou claro que continuará acompanhando de perto os indicadores.


“Os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados se necessário, e o comitê não hesitará em retomar aperto caso a inflação ou as expectativas de inflação voltem a se desancorar.”

Na última ata, o comitê afirmou que levou em conta o cenário externo e interno, além das expectativas da inflação. Segundo a autoridade monetária, o contexto atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária.


“O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, informou a ata.

O que é a Selic?

A Selic representa o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção e podem desacelerar o crescimento econômico.


Na prática, elevações na Selic aumentam os juros aplicados a financiamentos, empréstimos e cartões de crédito, desestimulando a demanda e contribuindo para a contenção da inflação.

Histórico

Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano. Em seguida, ocorreram seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e outro de 0,25, reduzindo a taxa para 10,5% em maio de 2024.

Esse patamar vigorou até setembro do mesmo ano, quando o Copom iniciou uma nova série de elevações, levando os juros para 10,75%.

Desde então, houve sete aumentos sucessivos, até atingir os atuais 15% — o nível mais elevado desde 2006.

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