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Pesquisa internacional diz que 69% dos brasileiros apoiam a taxação dos 'super-ricos'

Estudo analisou dados de 22 países e também mostrou que média brasileira é superior à do G20

Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Pesquisa ouviu pessoas de 22 países Joédson Alves/Agência Brasil

A pesquisa “Terra para Todos 2024″ mostrou que 69% dos brasileiros são favoráveis a uma taxação maior das grandes fortunas concentradas pelos ”super-ricos”. Os dados mostraram que o índice brasileiro é semelhante à média dos países do G20, grupo que reúne os países com as maiores economias do mundo. O estudo foi feito pela empresa de consultoria francesa Ipos, com o auxílio das instituições Earth4All e Global Commons Alliance.

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Os entrevistados responderam se a taxação deste grupo poderia provocar grandes mudanças na economia e no estilo de vida das pessoas. O índice de 69% registrado pelo Brasil foi o sétimo maior entre os países ouvidos. Os menores resultados foram obtidos na Arábia Saudita, Japão e Argentina.

Segundo Owen Gaffney, co-líder da iniciativa Earth4All, que ajudou na pesquisa, a mensagem para os políticos “não poderia ser mais clara”. “Os resultados do nosso inquérito fornecem um mandato claro para todos os países do G20 inquiridos: redistribuir a riqueza. Uma maior igualdade construirá democracias mais fortes para impulsionar uma transformação justa para um planeta mais estável”, disse.

Outro ponto abordado é a taxação de grandes empresas. O índice de aprovação é o mesmo obtido com as grandes fortunas, de 69%. Entre os países que mais apoiam estão Indonésia, Quênia e Índia. Os que menos apoiam são Japão, Arábia Saudita e Itália.


Meio Ambiente

A pesquisa também divulgou que 81% dos entrevistados brasileiros reconhecem a urgência de medidas para reduzir as emissões de carbono gerados pelos setores elétricos, de transportes, alimentício e industrial. Em comparação à média dos países do G20, que é de 71% de aprovação para a urgência, o Brasil fica acima do índice.

A diretora-executiva da Global Commons Alliance, Jane Madgwick, ressaltou essa urgência. “A ciência exige um salto gigante para enfrentar a crise planetária, as alterações climáticas e proteger a natureza. E 71% dos cidadãos dos 18 países do G20 inquiridos apoiam ações imediatas na próxima década para reduzir as emissões de carbono”, explicou.


Já Gaffney também explica que a maioria dos entrevistados defende que as mudanças devem acontecer nesta década. “A grande maioria das pessoas que inquirimos nas maiores economias do mundo acredita que são necessárias grandes ações imediatas nesta década para combater as alterações climáticas e proteger a natureza. Ao mesmo tempo, muitos sentem que a economia não está a funcionar para eles e querem reformas políticas e econômicas.”

Os entrevistados também foram perguntados se empresas mais poluentes deveriam pagar mais impostos e se o dinheiro angariado deveria ser partilhado entre pessoas e empresas que poluem menos. Para 77%, essa seria uma medida justa.

Metodologia

O estudo entrevistou 22 mil pessoas entre 18 e 75 anos em 22 países. As entrevistas foram feitas on-line entre os dias 5 de março e 8 de abril deste ano. No Brasil, mil pessoas foram ouvidas.

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