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Petrobras arremata área no Porto de Santos por R$ 558,2 mi em leilão

Subsidiária da estatal já opera o terminal, destinado à movimentação de combustíveis; investimento será de R$ 678,3 mi

Economia|Do R7

O investimento previsto é de R$ 678 milhões, com a construção de atracadouros
O investimento previsto é de R$ 678 milhões, com a construção de atracadouros

A Petrobras resolveu nesta sexta-feira (19) problemas logísticos que tinha na movimentação de combustíveis no Porto de Santos com a vitória no leilão de uma área no terminal, pela qual ofereceu outorga de R$ 558,25 milhões, em um contrato de 25 anos.

A empresa foi a única proponente no leilão da área STS08A no Porto de Santos, que tinha o valor de 1 real definido em edital como preço mínimo. O investimento previsto é de R$ 678 milhões, com a construção de dois novos berços de atracação.

Representantes do governo presentes ao leilão afirmaram que o certame realizado nesta sexta-feira foi o maior já realizado no setor portuário do país nos últimos 20 anos. A limitada capacidade de movimentação de granéis líquidos é um dos principais gargalos do Porto de Santos.

A área vizinha à STS08A, STS08, não teve interessados, e o Ministério de Infraestrutura afirmou que ela será reavaliada para entrar em leilão futuramente.


Segundo a gerente-executiva de desenvolvimento de negócios de logística da Petrobras, Andrea Damiani, presente ao leilão, até agora a empresa vinha tendo que trabalhar na área por meio de renovação de contratos a cada seis meses.

"Isso encerra um capítulo muito complexo... São quatro refinarias conectadas a este terminal em Santos, e este leilão era muito esperado. Temos agora 25 anos de estabilidade jurídica", afirmou a executiva após o leilão.


Indagada sobre o valor da oferta da Petrobras ante o valor mínimo definido no edital, Damiani negou que o preço ofertado, que poderá ser pago ao longo de cinco anos, tenha sido excessivo.

"Pagamos um valor adequado para a garantia da operação da Petrobras, é um valor sustentável", afirmou a executiva durante entrevista à imprensa.


Ela explicou que a operação de quatro refinarias da empresa no estado de São Paulo depende do terminal para escoamento de derivados; daí a importância atribuída pela companhia para a área leiloada.

"A Petrobras veio preparada para uma competição. Não tínhamos como saber antes quantas ofertas e os valores nos envelopes", disse Damiani.

Presente ao leilão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que desde 2019 o país soma "quase R$ 14 bilhões em investimento contratado em terminais portuários" e reiterou que o governo trabalha com a perspectiva do leilão da Companhia Docas do Espírito Santo no primeiro trimestre de 2022.

O ministro disse ainda que, durante a ida da comitiva brasileira aos Emirados Árabes, a privatização do Porto de Santos foi o tema mais discutido pela pasta junto a potenciais interessados.

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