PIB dos EUA cai 1,5% no primeiro trimestre de 2022
Primeira queda das riquezas do país desde o segundo trimestre de 2020 deve ocorrer com redução dos estoques, das exportações e dos gastos do governo, aponta previsão
Economia|Camila Nascimento*, do R7
![Resultado da atividade econômica caiu 0,1% a mais do que era esperado há um mês](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/VTJHNCF3HFIWHBSZVPRAHWNEVA.jpg?auth=deb89e929d98a0dbef554a14aaeaa1ba9960e76cd2fcad538b0c69589a5ef3c3&width=677&height=369)
O PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços — dos Estados Unidos caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo previsão divulgada pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira (26).
Trata-se da primeira queda desde o segundo trimestre de 2020, registrada no auge da pandemia. A expectativa anterior apontava para uma queda um pouco menor, de 1,4%. Ainda assim, o PIB real, que já desconta a inflação, aumentou 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O recuo da atividade econômicada principal economia global reflete a queda do investimento em estoque privado, das exportações e dos gastos do governo. Por outro lado, as importações tiveram alta, puxadas pelos bens duráveis.
A variante Omicron também impactou os resultados da atividade econômica no primeiro trimestre, medidas restritivas voltaram a ser impostas em algumas partes do país. Além disso, a maioria dos incentivos e apoios dados, como amenizar empréstimos e benefícios sociais vem diminuindo aos poucos. Mas não é possível quantificar o quanto a Covid-19 afetou o resultado do PIB.
As quedas nos estoques foram impulsionadas, principalmente, pelo setor de veículos e de construção. Já a queda nas exportações de bem não duráveis foi parcialmente compensada pelo aumento de outros serviços empresariais. O governo também diminuiu gastos militares, bens intermediários e serviços.
Aumento do consumo
As despesas com consumo cresceram 7%, segundo a taxa anual, por conta, doaumento generalizado dos preços, como o da gasolina. O índice que não considera energia e alimentos teve um aceleração menor no período (5,1%), antes era esperado um aumento um avanço maior, de 5,2%.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Ana Vinhas