Economia Queda na produção industrial de julho foi puxada por 14 dos 15 locais pesquisados

Queda na produção industrial de julho foi puxada por 14 dos 15 locais pesquisados

Na comparação com o mês anterior, as maiores retrações foram observadas no Amazonas, Bahia e Pará, mostra IBGE

  • Economia | Do R7

Resumindo a Notícia

  • Produção industrial cai 0,6% em julho, influenciada por 14 dos 15 locais pesquisados.
  • Amazonas, Bahia e Pará lideram retração, com quedas de até 8,8%.
  • Ceará é o único estado a apresentar alta na produção industrial, com crescimento de 1,2%.
  • No acumulado do ano, Ceará e Rio Grande do Sul lideram redução na produção.
A produção industrial do país caiu 0,6% em julho

A produção industrial do país caiu 0,6% em julho

Nacho Doce/Reuters - 13.08.2023

A queda de 0,6% da produção industrial no mês de julho, na comparação com junho, foi puxada pela retração, com ajuste sazional, em 14 dos 15 locais investigados pela PIM-Regional (Pesquisa Industrial Mensal). Os números foram apresentados nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As quedas mais intensas foram no Amazonas (-8,8%), Bahia (-6,0%) e Pará (-4,4%).

As taxas negativas do Espírito Santo (-2,1%), Região Nordeste (-2,0%), Santa Catarina (-1,5%), Paraná (-1,4%), Mato Grosso (-1,3%), Minas Gerais (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,8%) também foram mais intensas que a média nacional (-0,6%).

· Compartilhe esta notícia no WhatsApp
· Compartilhe esta notícia no Telegram

Já o Ceará foi o único estado que apresentou alta no levantamento do mês, com crescimento de 1,2%.

Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul ficaram de fora do ajuste sazional. As três localidades foram incorporadas à PIM em abril deste ano.

Índice de média móvel trimestral

O índice da média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2023 (julho, junho e maio) frente ao nível anterior (junho, maio e abril), após também registrar -0,1%, quando interrompeu a sequência de resultados positivos assinalados em maio (0,3%), abril (0,1%) e março (0,2%).

Dez dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas na média trimestral móvel apurada neste mês, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Bahia (-2,6%), Região Nordeste (-1,5%), Pará (-1,3%), Ceará (-1,2%) e Amazonas (-0,9%). Por outro lado, Mato Grosso (1,7%), Pernambuco (1,5%), Espírito Santo (1,4%) e Goiás (0,8%) mostraram os principais avanços em julho de 2023.

Comparação com julho de 2022

Na comparação com julho de 2022, o setor industrial recuou 1,1% em julho de 2023, com 11 dos 18 locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que julho de 2023 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).

Amazonas (-11,1%) e Mato Grosso do Sul (-11,1%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos, pressionados pelo comportamento negativo observado nos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e bebidas, no primeiro local; e de celulose, papel e produtos de papel e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no segundo.

Maranhão (-6,8%), Ceará (-5,5%), Rio Grande do Sul (-4,9%), Paraná (-3,2%), Santa Catarina (-3,1%), São Paulo (-3,0%), Bahia (-3,0%), Pará (-2,9%) e Região Nordeste (-2,5%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (50,7%) e Espírito Santo (31,7%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de coque (material que é fonte de carbono, usado na produção do aço), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis e querosenes de aviação), no primeiro local; e de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), no segundo.

Pernambuco (8,9%), Mato Grosso (5,4%), Goiás (5,0%), Rio de Janeiro (3,9%) e Minas Gerais (0,8%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional (-0,4%) alcançou nove dos dezoito locais pesquisados, com destaque para Ceará (-6,0%) e Rio Grande do Sul (-5,9%). Região Nordeste (-4,2%), Maranhão (-4,0%), Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-3,5%), São Paulo (-2,1%), Paraná (-1,2%) e Mato Grosso do Sul (-1,2%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (9,8%), Amazonas (6,5%) e Minas Gerais (5,0%) assinalaram os avanços mais acentuados, enquanto Rio de Janeiro (4,3%), Espírito Santo (4,2%), Pará (4,0%), Mato Grosso (1,9%), Goiás (1,1%) e Pernambuco (0,3%) mostraram os demais resultados positivos neste mês.

Acumulado em um ano

O acumulado nos últimos 12 meses mostrou variação nula (0,0%) em julho de 2023, repetindo, desse modo, os resultados verificados nos meses de maio e junho.

Nove dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em julho e oito apontaram menor dinamismo frente aos índices do mês anterior.

Amazonas (de 8,3% para 5,7%), Mato Grosso (de 7,8% para 5,9%), Pará (de -1,8% para -2,5%), Rio Grande do Sul (de -2,5% para -3,1%) e São Paulo (de 0,5% para 0,1%) tiveram as maiores perdas entre junho e julho de 2023, enquanto Espírito Santo (de -8,3% para –4,2%), Goiás (de -0,6% para 0,6%) e Pernambuco (de -5,3% para -5,0%) mostraram os principais ganhos entre os dois períodos.

Micro e pequenos empresários da indústria estão mais otimistas com a economia, diz pesquisa

Últimas