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Por que a taxa de juros americana foi cortada e a brasileira não? Economista compara cenários

Enquanto FED registrou terceira diminuição no valor, Selic se manteve no maior valor em quase 20 anos pela quarta vez

Economia|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O Federal Reserve dos EUA cortou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, atingindo o menor nível desde setembro de 2022.
  • O Banco Central brasileiro manteve a taxa Selic em 15% ao ano, o maior valor em 20 anos.
  • Mauro Rochlin, economista da FGV, analisou que a política americana visa controlar a inflação e manter o emprego.
  • No Brasil, a prioridade é o controle da inflação, o que pode prejudicar a atividade econômica e o emprego.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Federal Reserve, órgão monetário dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (10). A decisão de diminuição na alíquota aconteceu pela terceira reunião seguida e foi para o menor nível desde setembro de 2022, com a faixa entre 3,5% e 3,75% ao ano, algo já esperado pelo mercado financeiro. Da mesma forma, seguindo as expectativas, o Banco Central brasileiro manteve a taxa Selic em 15% ano, o maior valor em quase 20 anos.

Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (11), Mauro Rochlin, economista e coordenador acadêmico da FGV (Fundação Getulio Vargas), compara as diferenças entre as decisões dos entes dos dois países. Ele explica que, no cenário americano, mesmo que a inflação não esteja totalmente controlada, uma das metas do FED é a manutenção do mercado de trabalho aquecido, o que pressionou para a decisão desta quarta.


Economista aponta que, enquanto FED busca equilíbrio entre inflação e mercado de trabalho, BC possui foco maior no primeiro item Reprodução/ Record News

“O fato é que nos Estados Unidos, o objetivo da política de juros, na verdade, é um duplo objetivo, tanto é combater a inflação, mas também é manter o mercado de trabalho um tanto aquecido, ou pelo menos impedir uma alta mais pronunciada da taxa de desemprego. Então, é como se o Banco Central nos Estados Unidos tivesse uma dupla missão, por um lado, controlar a inflação e, por outro lado, digamos assim, defender o emprego”, pontua.

Já no Brasil, pelo BC possuir o regime de meta de inflação, o objetivo principal acaba sendo o controle deste item, com menor peso em outros aspectos. Apesar de uma faixa de tolerância para os indicadores, o professor alerta que uma perseguição sem considerar outros fatores, como no caso americano, pode trazer prejuízos para a economia.


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“O Banco Central tem isso com unhas e dentes e, de um lado, é muito positivo, porque o que se espera é que a inflação esteja dentro da meta, obviamente, mas, por outro lado, isso tem efeitos muito deletérios, muito prejudiciais sobre outro ponto de vista, que é exatamente o ponto de vista da atividade econômica e do emprego. Juros maiores controlam a inflação, mas infelizmente, reduzem a atividade econômica e, consequentemente, o emprego”, conclui.

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