Preço das carnes puxa prévia da inflação de outubro, diz IBGE
Indicador ficou em 0,94%, maior resultado para o mês desde 1995. Em 2020, os preços e serviços acumulam alta de 2,31% e, em 12 meses, subiram 3,52%
Economia|Giuliana Saringer, do R7
A prévia da inflação foi puxada pelo preço das carnes e outros alimentos em outubro e atingiu o maior patamar para o mês em 25 anos, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além do preço das carnes, que teve a quinta alta consecutiva em outubro (4,83%), outros alimentos que pesaram mais no bolso dos consumidores foram o óleo de soja (22,34%), o arroz (18,48%), o tomate (14,25%) e o leite longa vida (4,26%).
Em compensação, ficou mais barato comprar cebola (-9,95%) e batata-inglesa (-4,39%).
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O grupo de transportes também registrou preços mais altos no mês de outubro, em especial as passagens aéreas, que subiram 39,90%. O segundo maior impacto veio da gasolina (0,85%), com a quarta alta consecutiva, embora menos intensa que no mês anterior (3,19%).
De janeiro a outubro deste ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e, em 12 meses, teve alta de 3,52%.
O IBGE explica que os preços para o cálculo do IPCA-15 foram coletados entre os dias 12 de setembro e 13 de outubro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes entre 14 de agosto e 11 de setembro de 2020 (base).
O indicador considera famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA (inflação oficial), diferindo apenas no período da coleta e na abrangência geográfica.