Preço dos litros de gasolina e etanol mantêm alta nos postos, diz ANP
Preço da gasolina ainda marca queda de 12,5% ante a primeira semana de janeiro e custa, em média, R$ 3,986 por litro
Economia|Do R7
Os preços médios da gasolina e do etanol nos postos brasileiros avançaram pela quarta semana consecutiva, enquanto o diesel, combustível mais utilizado no país, fechou perto da estabilidade, mostraram dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) nesta sexta-feira (19).
O movimento de alta vem desde o final de maio, após consecutivas semanas de retração das cotações nas bombas, e acompanha uma recuperação nos preços do petróleo no mercado internacional, impulsionada por cortes de oferta de grandes produtores do grupo conhecido como Opep+.
Embora preocupações com o coronavírus ainda pesem sobre o mercado de petróleo, a commodity encerrou a semana com ganhos de cerca de 9%. Em paralelo, a estatal Petrobras elevou os preços do diesel em suas refinarias em 8% a partir desta sexta-feira, enquanto a gasolina teve reajuste de 5%.
Foi o sexto movimento seguido de alta na gasolina e o segundo no diesel, embora ambos combustíveis ainda acumulem significativa retração no ano, dada a redução da demanda e consequentemente dos preços do petróleo depois da pandemia de coronavírus.
Nos postos, a gasolina fechou a semana a R$ 3,986 por litro, ou 1,92% acima do valor médio registrado na semana anterior, segundo os dados da ANP.
O preço da gasolina ainda marca queda de 12,5% ante a primeira semana de janeiro. O recuo acumulado nas refinarias da Petrobras no período, no entanto, é bem maior, de quase 20%.
Já o diesel encerrou praticamente estável nas bombas, a R$ 3,048 por litro, com alta semanal de 0,07%, enquanto acumula queda de 19,3% na comparação com janeiro. Nas refinarias da Petrobras a queda ao longo do ano ainda é de 19%.
O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, acompanhou a rival e também subiu pela quarta semana, para R$ 2,681 por litro, ou 2,68% acima da semana anterior. No ano, o biocombustível acumula retração de 15,5% para o consumidor final.