As apostas do mercado financeiro para a inflação de 2022 subiu pela 11ª semana consecutiva, de 6,59% para 6,86%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo BC (Banco Central).
Caso a nova expectativa seja confirmada, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegará ao fim de 2022 acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
O próprio Banco Central já admite que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta pré-estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo segundo ano seguido, conforme dados apresentados pela última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação).
Na semana passada, as apostas eram que a inflação terminaria o ano em 6,59% e, há quatro semanas, em 5,6%. A escalada das projeções ocorre após o reajuste de 18% no preço da gasolina e de 25% no valor cobrado pelo diesel nas refinarias.
Mesmo com a previsão de maior alta dos preços, a expectativa para o dólar recuou de R$ R$ 5,30 para R$ 5,25. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta passou de 5,8% para 6,03% neste ano.
Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela terceira semana consecutiva, de 3,75% para 3,8%, aposta já acima do teto da meta definida para o ano que vem. Já para 2024, apostas subiram de 3,15% para 3,2%.
Para conter a alta nos preços, os analistas do mercado financeiro mantiveram a previsão de que a taxa básica de juros, a Selic, vai alcançar 13% ao final deste ano. A previsão leva em conta que aumentar a taxa Selic ajuda a encarecer o crédito, reduzir a disposição para consumir e estimular novas alternativas de investimento.