Previsão para a inflação de 2022 sobe pela 16ª vez e encosta em 8%
Expectativas do mercado financeiro mostram que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta pelo segundo ano consecutivo
Economia|Do R7
A maior prévia da inflação para o mês de abril dos últimos 27 anos movimentou as expectativas do mercado financeiro na última semana. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (2) pelo BC (Banco Central), a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu pela 16ª semana consecutiva, de 7,65% para 7,89%.
Caso a nova expectativa seja confirmada, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegará ao fim de 2022 acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%), pelo segundo ano consecutivo.
O próprio BC já admite que o índice oficial de preços vai furar o teto da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo segundo ano seguido, conforme dados apresentados pela última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação).
Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela quarta semana consecutiva, de 4% para 4,1%, índice também acima da meta definida para o ano que vem. Já para 2024, as apostas foram mantidas em 3,2%.
Apesar da previsão de maior alta dos preços, a expectativa para o dólar permaneceu em R$ 5. Entre os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa de alta passou de 7,09% para 7,31% neste ano.
Para conter a alta nos preços, os analistas do mercado financeiro mantiveram a previsão de que a taxa básica de juros, a Selic, vai alcançar 13,25% ao ano no fim de 2022. A previsão leva em conta que aumentar a taxa Selic ajuda a encarecer o crédito, reduzir a disposição para consumir e estimular novas alternativas de investimento.