Previsão para inflação de 2023 segue estável, mesmo após alta acima das expectativas em julho
Nova estimativa do mercado financeiro mostra o IPCA fechará o ano menos de 0,1 ponto percentual acima do limite da meta
Economia|Do R7
A alta de preços acima das expectativas no mês de julho (+0,12%) manteve inalteradas, pela segunda semana consecutiva, as projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano, mostram dados revelados nesta segunda-feira (14) pelo BC (Banco Central).
Com a atualização, a previsão é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 4,84%, a mesma projeção das últimas três semanas. Há quatro semanas, a estimativa era de um avanço na casa dos 4,95%.
A expectativa indica que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). A projeção atual aparece a menos de 0,1 ponto percentual do limite.
No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado no início deste mês, o BC prevê que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 83% para 61%.
Para o mês de agosto, a previsão é de que o IPCA apresente uma alta de 0,26%, o que representará um ganho de força ante o avanço dos preços de julho. Em setembro e outubro, as projeções são de que o índice oficial de preços apresente altas de, respectivamente, 0,28% e 0,39%.
As expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2024 recuaram pela quarta semana seguida e agora figuram em 3,86%. Já para 2025 e 2026, elas seguem mantidas em 3,5% para ambos os anos.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar voltou a subir após três semanas de queda, de R$ 4,90 para R$ 4,93. Entre os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a projeção subiu pela terceira vez e passou para uma alta de 9,03% neste ano.
TV por assinatura e plano de saúde puxam preços na inflação dos últimos 12 meses
Depois de registrar o primeiro resultado negativo do ano em junho (-0,08%), a inflação oficial de preços ganhou força ao avançar 0,12% no mês de julho, mostram números divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Est...
Depois de registrar o primeiro resultado negativo do ano em junho (-0,08%), a inflação oficial de preços ganhou força ao avançar 0,12% no mês de julho, mostram números divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Confira itens que encareceram nos últimos 12 meses!