Procon quer proibir pagamento de delivery na entrega para inibir golpes
Órgão de defesa do consumidor defende que os pagamentos sejam feitos apenas de forma online
Economia|Do R7
O Procon-SP (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) estuda medidas para que as empresas responsáveis pelos aplicativos de delivery estabeleçam que os pagamentos sejam feitos apenas de forma online. A iniciativa acontece com o aumento de golpes aplicados por entregadores.
De acordo com o órgão de defesa do consumidor, o houve um aumento de 136% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores dos aplicativos Ifood, Rappi e Uber Eats de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020.
Os consumidores reclamam que os valores debitados no cartão são superiores ao preço correto e que só percebem o golpe após a entrega ter sido feita e o pagamento ter sido efetivado. Eles questionam ainda que, apesar de reclamarem com a empresa responsável, não conseguem reaver os valores.
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"Como medida de prevenção, o Procon-SP já vem orientando os consumidores a efetuarem os pagamentos de forma online e nunca no momento da entrega, de modo que o contato entre cliente e entregador seja exclusivamente para receber a mercadoria", explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.
Recentemente foi divulgado um vídeo de uma senhora recebendo uma entrega de comida em casa e tem o cartão filmado pelo entregador, enquanto o mesmo afirma que está aguardando o sinal para conseguir fazer a cobrança. O entregador também se oferece para iluminar a máquina enquanto a mulher digita a senha.
Segundo o Procon, os valores reclamados pelos consumidores ultrapassam R$ 1,3 milhão. Até julho deste ano, a soma dos valores foi de mais de R$ 650 mil, sendo R$ 289 mil do Ifood, R$ 253 mil do Rappi e R$ 110 mil do UberEats. No mesmo período de 2020, esse valor foi de mais de R$ 695 mil.