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Produção industrial brasileira interrompe sequência de alta e cai em outubro, diz IBGE

No acumulado dos primeiros dez meses do ano, setor industrial teve expansão de 3,4%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Indústria recua 0,2% em outubro José Patrício/Estadão Conteúdo/20.03.2015

A produção industrial brasileira teve queda de 0,2% em outubro na comparação com o mês anterior, interrompendo a sequência de dois meses consecutivos de alta, período em que acumulou ganho de 1,2%.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Nos primeiros dez meses do ano, a indústria brasileira teve expansão de 3,4%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor avançou 3%, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados dos meses anteriores.

Em outubro, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e seis dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. Entre as atividades, a influência negativa mais importante foi assinalada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 2%, após avançar 4,7% no mês anterior.


O IBGE destacou também as contribuições negativas registradas pelos setores de bebidas (-1,1%) e de indústrias extrativas (-0,2%).

Por outro lado, entre as 19 atividades que apontaram expansão na produção, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%) exerceu o principal impacto em outubro de 2024 e intensificou o crescimento de 2,8% registrado em setembro.


Outras contribuições positivas foram assinaladas por:

  • Artigos do vestuário e acessórios (14,1%);
  • Produtos químicos (2,8%);
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,4%);
  • Celulose, papel e produtos de papel (3,4%);
  • Metalurgia (2,1%);
  • Produtos diversos (7,4%);
  • Máquinas e equipamentos (2%);
  • Produtos alimentícios (0,5%);
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com setembro, bens de consumo semi e não duráveis foram o item que apontou o único resultado negativo (-0,7%) em outubro e eliminou parte do avanço de 0,9% acumulado nos meses de setembro e agosto de 2024.


Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (4,4%) assinalou a taxa positiva mais elevada nesse mês e interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,8%. Os setores produtores de bens de capital (1,6%) e de bens intermediários (0,4%) também mostraram resultados positivos.

Outubro de 2024 X outubro de 2023

Na comparação com outubro passado, o total da indústria cresceu 5,8% em outubro de 2024, marcando a quinta taxa positiva consecutiva. O setor apresentou resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 66 dos 80 grupos e 67,7% dos 789 produtos pesquisados.

Vale citar que outubro de 2024 (23 dias) teve 2 dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, a principal influência positiva no total da indústria foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias (29,9%), impulsionada, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões, veículos para o transporte de mercadorias e caminhões.

Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2023, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, indústrias extrativas (-2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor extração de óleos brutos de petróleo.

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