Produção industrial cresce em 5 de 15 locais em agosto, mostra IBGE
Avanços mais acentuados foram no Ceará e em Minas Gerais; Pará, Paraná e Rio Grande do Sul tiveram os recuos mais intensos
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
A produção industrial brasileira ficou estável em agosto, com leve crescimento de 0,1% na comparação com o mês anterior. O resultado foi positivo em 5 dos 15 locais pesquisados, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta terça-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os avanços mais acentuados foram no Ceará (2,7%) e em Minas Gerais (1,8%).
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Bahia (0,8%), Mato Grosso (0,8%) e Rio de Janeiro (0,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em agosto de 2024. Na contramão, Pará (-3,5%), Paraná (-3,5%) e Rio Grande do Sul (-3%) apontaram os recuos mais intensos.
Pernambuco (-2,2%), Santa Catarina (-1,4%), São Paulo (-1%), Espírito Santo (-0,8%), Amazonas (-0,7%) e Goiás (-0,4%) assinalaram os demais resultados negativos do mês.
No acumulado do ano, a expansão de 3% foi acompanhada por resultados positivos em 16 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (13,7%) registrou o avanço de dois dígitos, o mais acentuado.
A média móvel trimestral foi positiva em 8 dos 15 locais pesquisados, com destaque para as expansões mais acentuadas assinaladas por Rio Grande do Sul (8,7%), Minas Gerais (2,9%), Espírito Santo (2,3%), Ceará (2,0%) e Paraná (1,3%).
Por outro lado, Bahia (-2,5%), Goiás (-1,2%), Região Nordeste (-1,1%) e Pernambuco (-1,0%) mostraram as principais quedas em agosto de 2024.
Agosto de 2024 X agosto de 2023
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial teve expansão de 2,2% em agosto de 2024, com resultados positivos em 12 dos 18 locais pesquisados. A alta mais intensa foi no Ceará (17,3%), seguido por Pará (16,9%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).
Minas Gerais (7,3%), Bahia (5,6%), Paraná (3,7%), Pernambuco (3,4%) e Santa Catarina (3,3%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (2,2%), enquanto Maranhão (2,1%), São Paulo (1,2%) e Amazonas (1,1%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção no índice mensal de agosto de 2024.
Por outro lado, Rio Grande do Norte (-22,6%) assinalou o recuo mais elevado nesse mês, pressionado, em grande parte, pela atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis).
Espírito Santo (-6%), Rio Grande do Sul (-5,2%), Goiás (-2,8%), Rio de Janeiro (-1,4%) e Mato Grosso (-0,6%) apontaram os demais resultados negativos na produção no índice mensal de agosto deste ano.
O IBGE observa que agosto de 2024 (22 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).