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Quase 5 milhões perderam a esperança de achar trabalho

País ganhou 838 mil desalentados em apenas 1 ano, diz IBGE. Mais de 3 milhões de pessoas estão buscando emprego há mais de dois anos

Economia|Do R7

Milhares de desempregados fizeram fila no início do mês em São Paulo atrás de um trabalho
Milhares de desempregados fizeram fila no início do mês em São Paulo atrás de um trabalho

O Brasil tem 4,8 milhões de desempregados que perderam a esperança e desistiram de procurar trabalho. O número (chamado de taxa de desalento) é um recorde no país desde que esse tipo de levantamento começou a ser feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012.

O número de brasileiros desalentados aumentou em 838 mil no período de um ano (21% a mais). Só no 2º trimestre de 2018, 202 mil pessoas entraram nessa situação, segundo a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta quinta-feira (16) pelo IBGE.

São Paulo tem 467 mil pessoas nessa situação, enquanto que no Rio de Janeiro há 101 mil desalentados.

Embora a desocupação esteja menor em relação a um ano atrás, a geração de vagas não acompanhou o avanço da população com idade de trabalhar. Por isso, segundo o IBGE, a taxa de desemprego deixou de aumentar porque cresceu também o desalento.


"A probabilidade de uma pessoa desistir de procurar emprego está muito relacionada ao tempo que ela ficou procurando emprego. E algumas nem para a fila do desemprego vão", diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Azeredo lembra que a dificuldade de outros integrantes da família de conseguir uma vaga ou notícias na mídia sobre o desemprego elevado já influenciam a percepção das pessoas sobre a dificuldade de encontrar um trabalho.


Muito tempo na fila

O levantamento do IBGE mostra outro recorde: o número de pessoas que há mais de dois anos estão procurando emprego. Desde o início da crise, em 2014, o número de pessoas procurando trabalho há mais de dois anos aumentou 162%, para o montante recorde de 3,162 milhões de desempregados.


O resultado é recorde tanto em volume de pessoas atrás de uma vaga há tanto tempo, quanto em proporção de pessoas em relação à população desempregada, que atualmente soma 12,966 milhões de indivíduos. Em relação ao segundo trimestre de 2017, aumentou em 8,1% o contingente de desempregados há mais de dois anos.

Outros 1,857 milhão de trabalhadores procuram emprego há mais de um ano, mas há menos de dois anos.

O grosso dos desempregados, 6,079 milhões, está em busca de uma vaga há pelo menos um mês, mas há menos de um ano.

Na faixa dos que tentam encontrar um trabalho há menos de um mês estão 1,869 milhão de pessoas.

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