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Que sorte! Brasileiro que mora no exterior tinha quase R$ 3 mil esquecidos no banco

Serviço do Banco Central está aberto desde 10h de terça-feira (7); maioria tinha pequenas quantias a receber

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Na manhã de terça-feira (7), um jovem de 26 anos teve uma grata surpresa. Pedro Delforge, nascido no Rio de Janeiro, sacou quase R$ 3 mil do serviço de resgate a dinheiro esquecido do Banco Central. A maioria das pessoas tem apenas alguns poucos reais para resgatar.

O SVR (Serviço de Valores a Receber), da autoridade monetária, foi aberto para consultas às 10h de terça-feira (7).

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Não tinha a menor ideia. Não imaginava. Eu fiquei bastante surpreso.

(Pedro Delforge, geólogo de 26 anos)

No total, Pedro tinha R$ 2.948,93 disponíveis. O jovem acredita que a quantia seja de um investimento em poupança que sua mãe fez no passado.


“Fui até perguntar para minha mãe se ela sabia de onde vinha [o dinheiro], porque era do Bradesco e ela que tinha conta no Bradesco. Ela me disse que ela pagava uma poupança para mim, que chamava Prev Jovem. Era uma poupança que ela pagava por mês”, detalhou.

O caso do carioca é raro. Segundo o Banco Central, 62,55% dos brasileiros tinham no máximo R$ 10 a receber. Por outro lado, somente 1,37% tinham mais de R$ 1 mil para resgate, como aconteceu com Pedro.


“Eu vi no jornal depois do trabalho que o Banco Central tinha lançado essa plataforma. E eu vi no twitter também que todo mundo só tava achando algum centavos, R$ 2, R$ 5… Eu falei ‘ah, com certeza eu vou entrar e vai ter lá algo como R$ 0,10 centavos. E aí quando quando apareceu tinha lá quase R$ 3 mil”.

Quem é o sortudo

Hoje, Pedro Delforge mora em Bruxelas, na Bélgica. Ele é geólogo e trabalha com hélices de energia eólica, feitas para transformar vento em energia cinética e, posteriormente, em elétrica. Além disso, o jovem é influenciador digital. A conta @PedroNaEuropa, no Instagram, tem mais de 1400 seguidores.


Em 2020, com a pandemia da Covid-19, um amigo foi aprovado para fazer mestrado na Suíça e isso despertou o interesse de Pedro. “Antes parecia uma coisa muito distante da nossa realidade fazer um mestrado na Europa, parecia uma coisa difícil de conseguir. Mas como uma pessoa muito perto de mim conseguiu, fez parecer ser mais real, mais concreto”.

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Dessa forma, Delforge se candidatou para um mestrado na Itália. E conseguiu. Ainda por causa da pandemia, ele começou o curso pela internet e, quando os casos da doença diminuíram, se mudou para o continente europeu.

Pedro explica que “pandemia meio que me possibilitou estudar e trabalhar ao mesmo tempo”. Após concluir o mestrado, Pedro conseguiu sua atual vaga de emprego, em Bruxelas.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

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