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Quinze Estados tiveram PIB acima da média nacional em 2018, diz IBGE

A pesquisa revela que a economia de 15 unidades da federação teve resultados melhores do que a registrada nacionalmente, que foi de 1,8%

Economia|Pietro Otsuka, do R7

15 Estados tiveram PIB maior do que a média nacional
15 Estados tiveram PIB maior do que a média nacional 15 Estados tiveram PIB maior do que a média nacional

A economia de quinze Estados registrou crescimento maior do que a média nacional em 2018, que foi de 1,8%.

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Os dados constam no Sistema Regional de Contas, divulgado nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). A pesquisa estima o PIB (Produto Interno Bruto) para as 27 unidades da federação.

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Região Norte foi protagonista

Entre os Estados com melhor desempenho, o Amazonas, que registrou crescimento de 5,1% em 2018, exemplifica o bom resultado do Norte do país. A região foi a que mais cresceu em volume do PIB: 3,4%. 

Além do Amazonas, Roraima (4,8%) e Rondônia (3,2%) são estados nortistas que também estão entre os cinco primeiros do ranking.

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De acordo com o técnico do IBGE, Luiz Antonio de Sá, o crescimento de cada um desses Estados se deu por diferentes fatores. Ele explica que o Amazonas tem um perfil considerado atípico na região, por conta da forte influência da atividade de Indústrias de Transformação, que teve crescimento de 8,8% de 2017 para 2018, motivada pelo segmento de equipamentos de informática. 

“Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, afirma o técnico do IBGE.

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Já em Roraima, as atividades de serviço tem protagonismo maior, com crescimento de 4,4%, impusionado especialmente pelo comércio e pela administração pública. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, relembra Sá. 

Por fim, Rondônia também teve crescimento nas atividades industriais (4,8%), puxada pela geração de energia elétrica. A lista dos cinco primeiros é completada por Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%).

Na outra ponta da lista, Sergipe foi a única unidade da federação a perder volume do PIB, com queda de 1,8%, o quarto ano seguido de resultados negativos no estado. Os outros 11 estados tiveram alta, mas abaixo do índice nacional.

Segundo o técnico do IBGE, Luiz Antonio de Sá, o resultado negativo no Sergipe não está relacionado apenas ao desempenho na economia. Ele explica que os fatores climáticos adversos em 2018, como a falta de chubas, foram pontos centrais para a queda do PIB do Estado. “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, ressalta. 

Além do agrícola, outro setor que teve desempenho abaixo da média do País e contribuiu para a queda foram as atividades de serviço, grupo que mais cresceu na economia nacional e muito influente, sobretudo, em estados com indústria menos desenvolvida, como é o caso de Sergipe. 

O índice sergipano ficou abaixo da média nacional (2,1%), crescendo 0,2%. A indústria, apesar de não tão influente no estado, também não contribuiu, caindo -2,6%.

Sudeste cresceu abaixo da média nacional

Se a região Norte foi protagonista, não se pode dizer o mesmo do Sudeste. A região (1,4%) foi a única com variação em volume inferior ao índice registrado nacionalmente. 

O único Estado que cresceu acima da médica nacional foi o Espírito Santo (3%).

Além do Norte, que ocupa a ponta da lista com 3,4%, o Centro-Oeste (2,2%) e o Sul (2,1%), também cresceram acima do índice do País. Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).

Apesar do crescimento abaixo da média, o Sudeste elevou sua participação na economia brasileira em 2018, indo de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional.

A pesquisa mostra que tal aumento se deve aos desempenhos de Rio de Janeiro e Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo.

São Paulo, no entanto, perdeu 0,6 ponto percentual do total do país e, pelo segundo ano consecutivo, teve a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo”, salienta Sá. 

Já o PIB per capita do país em 2018 foi de R$ 33.593,82, o que representa um aumento de 5,9% em valor em relação a 2017 (R$ 31.712,65). O Distrito Federal manteve-se na liderança, com R$ 85.661,39, cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. No ranking do PIB per capita, predominam estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste entre os dez primeiros.

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