Renda Cidadã permite que governo 'tenha força política', diz Marinho
Ministro do Desenvolvimento Regional avalia que distribuição de renda tem o objetivo de construir base de apoio para emplacar pautas prioritárias
Economia|Do R7
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falou abertamente nesta terça-feira (29) sobre a estratégia do governo de Jair Bolsonaro de fazer concessões a parlamentares e elevar a distribuição de renda via programas sociais com o objetivo de construir base de apoio e emplacar pautas que considera prioritárias.
Marinho afirmou que o aumento dos gastos com o programa Renda Cidadã, programa que vai substituir o Bolsa Família, em estudo pelo governo federal dará a "força política" necessária ao presidente Jair Bolsonaro para levar adiante as pautas que considera prioritárias para o País.
"A suplementação do Renda Cidadã vai permitir que o governo tenha força política para permitir que siga com as mudanças estruturais mais importantes", declarou há pouco Marinho, durante painel organizado pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
O ministro disse que é óbvio que "qualquer governo popular consegue fazer as mudanças necessárias, mesmo as mais difíceis", enquanto os governos que não têm "sinergia com o eleitor" enfrentam dificuldades.
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O mesmo acontece com governos que não dão "conforto ao deputado e ao senador para votar pautas aparentemente desconfortáveis mas significam o crescimento do País", argumentou.
Ele ainda ponderou que parlamentares de quaisquer países ficam em zonas de conforto e precisam que o Poder Executivo tome à frente de mobilizações para votação de temas sensíveis, como novos marcos legais, combate ao corporativismo e definição de investimentos prioritários.
O ministro classificou ainda a popularidade do presidente Jair Bolsonaro como 'crescente" e em fase de consolidação. "Internamente, temos tido algumas dificuldades de avançar. Mas houve mudança extraordinária no governo nos últimos três meses. Tivemos a construção de base de apoio dentro do parlamento", destacou.