Renda dos engenheiros e agrônomos é superior à média nacional, aponta pesquisa
Estudo inédito e histórico do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Confea, revela que 92% dos profissionais estão trabalhando
Economia|R7 Conteúdo e Marca

O mercado de trabalho da engenharia brasileira está aquecido e passa por uma profunda transformação. A categoria mostra sinais de renovação, com maior diversidade, bom posicionamento no mercado de trabalho e forte orgulho profissional. É isso o que revela uma pesquisa realizada pela Quaest e divulgada recentemente pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
De acordo com o levantamento que traça o perfil dos engenheiros, agrônomos e geocientistas, diretamente ligados ao desenvolvimento dos municípios e à construção de um futuro mais igualitário e sustentável, 92% dos 48 mil profissionais ouvidos estão trabalhando. Destes, 78% atuam em sua área de formação.
A renda das famílias da amostra é significativamente superior à média nacional, aponta o documento. Enquanto 68% dos entrevistados possuem renda mensal superior a cinco salários mínimos, considerando a soma de todos os rendimentos dos moradores do domicílio, no Brasil como um todo esse percentual é de apenas 25%.
Carteira assinada
A alta formalização é outro indicador do aquecimento do setor: 40% desses profissionais, indispensáveis para gerar infraestrutura, inovação, sustentabilidade, mobilidade e outras temáticas que transformam a vida das pessoas, estão em regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 11% no serviço público.

A satisfação com o mercado de trabalho também é evidenciada na pesquisa, com 67% dos profissionais satisfeitos com suas atuais posições, em todas as idades, profissões, formações e Estados. E mais: metade dos entrevistados acredita que o mercado de trabalho vem melhorando nos últimos cinco anos.
Para o presidente do Confea, engenheiro Vinicius Marchese, o resultado da sondagem deve contribuir para ações direcionadas às demandas e necessidades da categoria. “Quando falamos em impulsionar o desenvolvimento do Brasil, precisamos mapear como pensam os agentes responsáveis para tirar os projetos do papel. É a primeira vez que temos informações que nos permitem entender a dimensão dos desafios, quando falamos da atuação técnica e qualificada na área tecnológica brasileira”, avaliou.

Felipe Nunes, CEO da Quaest, responsável pelo levantamento, pontua que a pesquisa demonstra a força do mercado de engenharia no Brasil. “Além de satisfeitos, os engenheiros têm renda muito acima da média nacional, e se sentem vocacionados a contribuir para a construção de projetos de impacto para o País”, disse.
Os dados também apontam que a relação entre idade e renda indica um crescimento progressivo dos ganhos conforme os profissionais avançam na carreira. A maior transição de renda ocorre entre os 30 e 34 anos, faixa etária em que a maioria ultrapassa os cinco salários mínimos.
Futuro melhor
Os profissionais são movidos por propósito e encaram suas atividades técnicas como uma verdadeira missão em prol da população. Quando perguntados sobre suas profissões, 95% dos entrevistados acreditam que sua atuação contribui para um Brasil e uma sociedade melhores, e 79% indicariam a carreira para as futuras gerações.
“São pessoas que acreditam na transformação das cidades e entendem o valor das suas profissões para o contexto nacional, empreendendo seus esforços para o bem comum, sempre em busca de melhores condições para todos, por meio da atuação técnica segura e responsável e do bom uso da tecnologia”, reforça Marchese.















