Rodovias ruins fazem economia perder mais de R$ 7,49 bilhões, diz estudo
CNT mostra que má pavimentação causa gasto 'desnecessário' com diesel de caminhões
Economia|Johnny Negreiros, do R7*
![Custo operacional aumenta em mais de 30% por causa da pavimentação ruim](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WFALYCBRXZPKZFFQW3PDLJZYSI.jpg?auth=eea3f33b7628c4b215521dd90c0b2f3a65d339898566f5544ffa4444d6f902e1&width=800&height=600)
Rodovias mal pavimentadas farão as transportadoras de carga no Brasil perderem R$ 7,49 bilhões em 2023. A estimativa é da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que realiza anualmente um estudo sobre as estradas.
Esse número surgiu a partir do “consumo desnecessário de diesel” que acontece por causa dos problemas nas vias. A soma do desperdício com o combustível será de R$ 1,1 bilhão, o que faz com que o prejuízo se multiplique ao longo da produção da economia brasileira.
Além disso, o estudo revela que as rodovias com pavimentação ruim fazem com que o custo de operação dos transportes aumente em 32,7%, “o que se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos”.
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As rodovias continuam sendo importantes para a economia do Brasil. A maior parte (65%) de todo o transporte de carga no país é feita por meio de estradas.
Por esse motivo, quando o diesel fica mais caro nas bombas, há o risco de encarecimento dos alimentos no supermercado, por exemplo. Com o preço do combustível de caminhões maior, o frete também tende a aumentar.
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Ainda, 95% dos passageiros em território nacional se deslocam por estradas.
Investimentos a serem feitos
Nos cálculos da CNT, serão necessários R$ 94,12 bilhões em ações emergenciais e manutenção de rodovias. A organização cita o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foi implementado no governo Dilma e voltou neste governo Lula.
"O Novo PAC prevê R$ 185,8 bilhões em investimentos para o modo rodoviário, dos quais R$ 112,8 bilhões são da iniciativa privada (60,7%) e R$ 73 bilhões do governo federal (39,3%). Essa realidade demonstra uma recuperação da capacidade de investir com duas frentes, via Estado e/ou por meio de relações de colaboração com a iniciativa privada, contemplando concessões e parcerias", afirma o estudo.
* Sob a supervisão de Ana Vinhas