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Saída da Ford do Brasil afetará 50 mil empregos, estimam sindicatos

Entidades avaliam que decisão da montadora foi motivada por projeto de reindustrialização adotado pelo governo Bolsonaro

Economia|Do R7

Ford fechou fábricas de Camaçari (BA), Horizonte (CE) e Taubaté (SP)
Ford fechou fábricas de Camaçari (BA), Horizonte (CE) e Taubaté (SP)

Três das principais entidades sindicais se pronunciaram sobre a decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil com a previsão de que a medida terá impacto sobre 50 mil empregos na cadeia produtiva em torno das três fábricas desativadas da montadora.

A IndustriAll Brasil, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical afirmam, em nota, que a saída da montadora seria consequência da ausência de um projeto de reindustrialização do País por parte do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira (11), a Ford anunciou o fechamento das fábricas de Camaçari (BA), Horizonte (CE) e Taubaté (SP). A empresa emprega cerca de 5.300 trabalhadores nos três parques industriais.

Leia mais: Bolsonaro sobre Ford: "Faltou a verdade, querem subsídios"


"É incontestável a desconfiança interna e internacional e o descrédito quanto aos rumos da economia brasileira com este governo que aí está. Não se toma uma decisão empresarial como essa sem considerar a total incapacidade do governo Bolsonaro", sustentam as entidades.

O próprio chefe do Planalto é classificado como "um presidente incapaz de conduzir qualquer diálogo sobre a inserção do país no cenário que se configura rapidamente".


IndustriAll, CUT e Força Sindical lembram, também, que a decisão da Ford ocorre após a montadora ter se valido de benefícios e isenções tributárias com base em regimes automotivos vigentes desde 2001.

"No momento em que a indústria automobilística global passa por uma das mais intensas ondas de transformação, orientada pela eletrificação e pela conectividade, assistimos à criminosa omissão, e até boicote, do subserviente governo brasileiro à indústria, com consequências nefastas para a classe trabalhadora", escrevem as entidades.

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