Setor de serviços avança 2,6% em novembro e tem sexta alta seguida
Com resultado, área acumula crescimento de 19,2%, o que ainda não reverte perdas por conta da pandemia. Dados são do IBGE
Economia|Pietro Otsuka, do R7
O setor de serviços avançou 2,6% em novembro, o que marca o sexto mês consecutivo de alta. Os dados constam da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (13).
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O ganho acumulado de janeiro a novembro, de 19,2%, ainda é insuficiente para compensar perdas no pico da pandemia do novo coronavírus – entre fevereiro e maio, o setor amargou uma redução de 19,6%.
Outro dado negativo é que os serviços se encontram 3,2% abaixo do patamar do patamar de fevereiro, mês em que a pandemia começou a impactar o setor.
Em relação a novembro de 2019, o total do volume de serviços registrou queda de 4,8%, o que marca a nona taxa negativa seguida neste índice. Já no acumulado no ano, a queda é de 8,3% em comparação com o mesmo período de 2019.
Em 12 meses, a baixa de 7,4% mantém, segundo o IBGE, "a trajetória descendente iniciada em janeiro", de 1%. "Este é o resultado negativo mais intenso desde o início da série, iniciada em dezembro de 2012 para esse indicador", afirma o instituto.
Crescimento por setores
Todas as cinco atividades que compõem o PMS apresentaram crescimento na passagem de outubro para novembro.
Vale destacar o desempenho de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou crescimento de 2,4% e, especialmente, serviços prestados às famílias, que avançou 8,2%. Ambas as atividades foram as que mais sofreram com os efeitos da pandemia.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as atividades do setor de serviços que ainda encontram dificuldades para se recuperar são justamente aquelas que pressupõem atendimento presencial, por isso, o setor ainda não conseguiu recuperar perdas oriundas da pandemia.
“Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família de uma maneira geral e transporte de passageiros — seja o aéreo, o rodoviário ou o metroviário — até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu o setor voltar ao patamar pré-pandemia”, explica Lobo.